Euro vale menos que o dólar, após a maior inflação nos EUA em 40 anos
O euro valia menos do que o dólar na manhã de hoje, após os Estados Unidos anunciarem inflação recorde. Por volta das 10h (horário de Brasília), a moeda comum europeia era negociada a US$ 0,998, o nível mais baixo desde 2002.
A queda aconteceu após o Departamento de Trabalho dos EUA anunciar que a inflação subiu 1,3% em junho, acumulando 9,1% em 12 meses. Esse é o maior avanço em 40 anos, desde novembro de 1981.
O número consolida as expectativas de que o Banco Central dos Estados Unidos continue elevando a taxa de juros. Como a economia do país é considerada a mais segura do mundo, juros mais elevados tornam os ativos dos EUA mais atraentes, valorizando a moeda.
O mercado financeiro espera que a taxa de juros suba mais 0,75 ponto percentual na reunião do Conselho Monetário deste mês, que acontece entre os dias 26 e 27.
Em comunicado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ue os números da inflação de junho vieram "inaceitavelmente altos", mas também que estão desatualizados devido à recente queda nos valores da gasolina.
"A energia sozinha representou quase metade do aumento mensal da inflação. Os dados de hoje não refletem o impacto total de quase 30 dias de queda nos preços do gás, que reduziram o preço na bomba em cerca de 40 centavos (de dólar) desde meados de junho", afirmou.
Por que o euro está caindo
Além da inflação nos Estados Unidos, a guerra na Ucrânia também contribui para o tombo da moeda europeia.
Os investidores temem um corte no abastecimento de gás da Rússia, o que poderia causar recessão no continente. A matéria-prima chega por um gasoduto que, atualmente, está em manutenção.
O grupo russo Gazprom iniciou consertos no Nord Stream 1 ontem, e os países europeus estão na expectativa para saber se Moscou vai reestabelecer o fornecimento após as obras, previstas para durar 10 dias.
Para Mark Haefele, analista do UBS, uma suspensão do fornecimento de gás russo na Europa "provocaria uma recessão em toda a zona do euro com três trimestres consecutivos de contração da economia". Além da questão do gás, os altos preços de importação, especialmente de energia, também estão impulsionando a inflação no continente.
*Com informações da Reuters
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