Preço médio de voos domésticos subiu 36,4% em 7 meses, diz Anac
O preço médio das passagens aéreas no Brasil de janeiro a julho deste ano subiu 36,4%, para R$ 606,42, em comparação com o mesmo período de 2021. Os dados são do painel da Anac (Agência Nacional de Avião Civil).
É o maior preço registrado entre os sete primeiros meses do ano desde 2008, quando a média era de R$ 980,39. O dólar e o valor do querosene de aviação ajudam a explicar a alta das passagens aéreas.
Segundo a Anac, a maior tarifa no período foi encontrada em Roraima, a R$ 1.119,42. A menor é do Distrito Federal, com custo médio de R$ 511,68.
Entre os principais destinos estão São Paulo (R$ 549,09), Rio de Janeiro (R$ 566,51) e Minas Gerais (R$ 551,96).
Veja o preço médio cobrado pelas companhias aéreas do Brasil, segundo a Anac:
- Azul: R$ 700,12
- Gol: R$ 581,80
- Latam: R$ 513,26
Para analistas e representantes do setor de turismo, a organização e a procura por passagens com antecedência são as opções mais indicadas para tentar encontrar bilhetes que pesem menos no bolso.
Os prazos de planejamento sugeridos são de no mínimo 40 a 60 dias para deslocamentos nacionais e de seis meses para idas ao exterior, afirmou Roberto Nedelciu, presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo).
Combustível e alta do dólar impactam preço das passagens
Em dezembro de 2021, o preço do litro do querosene de aviação era de R$ 3,71, conforme dados reunidos pela Anac. Em meados de junho de 2022, subiu para R$ 5,63, uma alta de 51,8%. A taxa de câmbio, com o dólar acima de R$ 5, levou à alta do combustível.
"Existe uma pressão de custos sobre as companhias aéreas, sobretudo com a alta do querosene de aviação", aponta o economista Fabio Bentes, da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
De acordo com Bentes, a retomada das atividades turísticas após o tombo na pandemia também ajuda a explicar a alta dos bilhetes nos últimos meses.
No Brasil, as passagens aéreas de voos domésticos acumularam inflação de 122,4% em 12 meses até junho, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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