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Salário mínimo de 2023: O que muda em aposentadoria, PIS, CadÚnico e mais

A ampliação do valor do novo salário mínimo vale a partir de 1º de janeiro de 2023 - Getty Images
A ampliação do valor do novo salário mínimo vale a partir de 1º de janeiro de 2023 Imagem: Getty Images

Gabriela Bulhões

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/01/2023 04h00

Em 2023, o salário mínimo passará de R$ 1.212 para R$ 1.320 a partir de janeiro, segundo aprovado no Congresso. O reajuste também aumenta o valor de benefícios e serviços. Se nada for alterado, veja como ficam os novos valores do que você ganha.

Aumento de 8,9%

  • A mudança do salário mínimo aumenta o valor de aposentadorias do INSS, abono salarial do PIS/Pasep, BPC e outros benefícios para 2023.
  • A ampliação do valor representa 8,9% (ou R$ 108 a mais) em relação ao salário mínimo atual.

Aposentadorias do INSS

  • Os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) serão reajustados a partir de 25 de janeiro.
  • Para quem recebe um salário mínimo, o benefício sobe para R$ 1.320 a partir dos depósitos realizados entre os dias 25 de janeiro e 7 de fevereiro (aposentadoria, pensões e auxílio-doença).
  • Quem recebe mais de um salário mínimo terá seus pagamentos a partir de 1º de fevereiro. O reajuste acompanha o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que não foi divulgado ainda.

Abono salarial PIS/Pasep

  • É pago aos trabalhadores do setor público e privado que recebem até dois salários mínimos mensais com carteira assinada.
  • Com o reajuste do salário mínimo, o valor do abono salarial varia de R$ 110 a R$ 1.320, conforme a quantidade de meses trabalhados.
  • Os pagamentos começam no dia 15 de fevereiro. Clique aqui para ver o calendário de pagamentos de 2023.

BPC (Benefício de Prestação Continuada)

  • É pago um salário mínimo a idosos a partir de 65 anos que sejam pobres e não tenham aposentadoria.
  • Também é pago a pessoas com deficiência de baixa renda, de qualquer idade.
  • O valor passa a ser igual ao do salário mínimo: R$ 1.320 em janeiro.
  • Para ter direito, precisa que a renda da pessoa seja entre um quarto e meio salário mínimo (de R$ 330 a R$ 660).

Cadastro Único

  • O Cadastro Único (CadÚnico) é utilizado pelo governo federal, estados e municípios para identificar os possíveis beneficiários de programas sociais como Auxílio Brasil, Tarifa Social de Energia Elétrica, BPC e vale-gás.
  • Entra nos programas sociais quem tem certos limites de renda. Com o reajuste no salário mínimo, esses limites também sobem.
  • Limite de renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa passa a ser R$ 660.
  • Limite de renda mensal familiar total de até três salários mínimos passa a ser R$ 3.960.

Contribuição dos MEIs

  • As contribuições mensais dos microempreendedores individuais também terão reajustes.
  • Após fevereiro, o valor referente ao INSS do Documento de Arrecadação Simplificada do MEI (DAS-MEI) será de R$ 66, ou seja, 5% do salário mínimo.
  • Os MEIs que atuam no comércio e indústria pagam R$ 1 a mais, referente ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
  • Os ligados a Serviços pagam R$ 5 a mais, que é referente ao ISS (Imposto sobre Serviços).
  • Um ponto importante é que o reajuste só vale para os boletos que vencerão a partir de fevereiro de 2023. Até janeiro, continua sendo R$ 60,60.

Seguro-desemprego

  • O valor do seguro-desemprego depende da média salarial dos últimos três meses anteriores à demissão sem justa causa.
  • O valor da parcela não pode ser inferior ao novo salário mínimo (R$ 1.320).
  • Sobre o valor máximo das parcelas, será informado no começo do próximo ano pelo governo depois da divulgação do INPC.

Para esta reportagem, o UOL ouviu a responsável pela área de Previdência da InvestSmart XP, Tatiana Guedes e Thiago Godoy, educador financeiro da Rico.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado, o calendário do abono salarial PIS/Pasep de 2023 já foi publicado. O texto foi corrigido.
Diferentemente do informado na legenda da foto, a ampliação do valor do novo salário mínimo representa 8,9% (ou R$ 108 a mais) em relação ao atual, e não 7,42% (R$ 90). O texto foi corrigido.