Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Haddad diz contar com reforma tributária e que zerará déficit com arcabouço

Haddad explicou que o objetivo da equipe econômica é revisar o "gasto tributário" e cortar o equivalente a 1,5% do PIB - Reprodução/CNN
Haddad explicou que o objetivo da equipe econômica é revisar o "gasto tributário" e cortar o equivalente a 1,5% do PIB Imagem: Reprodução/CNN

Do UOL, em São Paulo

18/05/2023 23h35Atualizada em 19/05/2023 07h35

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje que o arcabouço fiscal e a reforma tributária devem ajudar o governo federal a zerar o déficit primário em 2024. A declaração foi feita em entrevista à CNN.

O que aconteceu:

Haddad explicou que o objetivo da equipe econômica é revisar o "gasto tributário". O ministro defendeu cortar 1,5% desse gasto como um caminho para zerar o déficit primário em 2024.

O ministro afirmou que as renúncias fiscais equivalem a 6% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. O corte de um quarto dessas benesses seria um dos caminhos para equilibrar compromisso de responsabilidade fiscal e de redução sustentada do déficit primário. "São 6% de favores que o Estado está fazendo para algumas empresas. Vamos rever benefícios que foram dados, muitas vezes, legitimamente no passado, mas que perderam a funcionalidade. Então vamos rever um quarto disso, o que dá 1,5% do PIB", informou.

Haddad destacou que a expectativa do governo é que o déficit primário fique na casa de 0,5% do PIB desse ano. Para os anos seguidos, a expectativa é de superávits de 0,5% e 1% em 2025 e 2026, respectivamente.

O ministro também defendeu que conta com a reforma tributária para um futuro próximo, uma das prioridades do governo. Ele também defendeu que o Congresso está pronto para votar a pauta e falou sobre como o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) pode impactar a economia e até levar à redução de alíquotas.

Você vai trazer gente para a base tributária sem ter que mexer em alíquota. A grande vantagem do IVA é que ele encadeia os setores de tal maneira que para um ser creditado no imposto, precisa da nota do outro. Você cria um encadeamento que promove o aumento da base e que permitiu, em alguns países, reduzir a alíquota média. O que vai favorecer a indústria, as exportações e o que vai favorecer a parcela mais pobre da população."
Fernando Haddad à CNN