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EUA têm mais pessoas escravizadas do que o Brasil, diz ONG; veja o ranking

19.jun.2020 - "Juneteenth": manifestantes participam de ato em Nova York no dia em que é celebrado o fim da escravidão nos EUA - Timothy A. Clary/AFP
19.jun.2020 - 'Juneteenth': manifestantes participam de ato em Nova York no dia em que é celebrado o fim da escravidão nos EUA Imagem: Timothy A. Clary/AFP

Colaboração para o UOL, em São Paulo

24/05/2023 12h45

O Brasil vive uma fase de aumento nas denúncias e flagras de trabalho análogo à escravidão, mas não está sozinho. Os Estados Unidos aparecem à frente na estimativa do Índice de Escravidão Global 2023, divulgada nesta quarta-feira (24), em Londres, pela Walk Free, organização internacional de direitos humanos especialista neste assunto.

O ranking aponta os Estados Unidos como um dos 10 países com o maior número de pessoas em situação de escravidão contemporânea no mundo. Em números totais, os americanos aparecem no 10º lugar, com 1,1 milhão de pessoas nessa situação. O país está uma posição à frente do Brasil, que tem 1,05 milhão de pessoas escravizadas.

Veja o ranking:

  1. Índia - 11 milhões
  2. China - 5,8 milhões
  3. Coreia do Norte - 2,6 milhões
  4. Paquistão - 2,3 milhões
  5. Rússia - 1,9 milhão
  6. Indonésia - 1,8 milhão
  7. Nigéria - 1,6 milhão
  8. Turquia - 1,3 milhão
  9. Bangladesh - 1,1 milhão
  10. EUA - 1,1 milhão
  11. Brasil - 1,05 milhão

Quando considerada a prevalência de escravizados em relação ao tamanho da população, a Coreia do Norte surge na frente, com 104,6 de pessoas vivendo em escravidão para cada mil habitantes. No Brasil, são 5 pessoas para cada mil.

Resposta americana ao problema é bem avaliada

Estima-se que 50 milhões de pessoas viviam em situação de escravidão contemporânea em 2021, em levantamento divulgado no ano passado pela Organização Internacional do Trabalho em parceria com a Organização Internacional para Migração e a Walk Free.

Os EUA são vistos como um dos países que têm dado respostas mais contundentes como forma de enfrentar a situação, aparecendo ao lado de Holanda, Reino Unido, Austrália, Portugal, Irlanda, Noruega, Espanha e Suécia.

Coreia do Norte, Eritreia, Irã, Líbia, Somália, Guiné Equatorial, Rússia, Gabão e Chade são vistos como os menos ativos.

Países como Sudão do Sul, Afeganistão, Palestina, Síria e Iêmen foram excluídos do levantamento por viverem situação de conflito, com governos em dificuldade para colocar ações em prática.