Preço de passagens aéreas derruba 'inflação das férias' em 10,63%, diz FGV

Em comparação com os últimos 12 meses, a inflação sobre passeios e itens de necessidades durante as férias escolares de julho está 10,63% mais baixa.
O que aconteceu:
Os seis artigos atingidos pela "inflação de férias" acumularam deflação de 10,63%, segundo dado é do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
Passagem aérea, hotel, cinema, teatro, show de música, e excursão/tour compõem o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e foram considerados na composição.
O relatório indica que a redução foi possível, principalmente, pela queda de 21,13% das passagens de avião.
Matheus Peçanha, pesquisador do FGV Ibre, atribuiu a baixa das passagens à "franca queda" do preço do querosene de aviação, "que depende de petróleo e dólar".
O economista ainda argumentou que a redução vista no custo das férias de julho é reflexo da deflação deste ano: "Esse processo de repasse para o consumidor final até demorou para engrenar, mas acabou acontecendo especialmente a partir do segundo trimestre, e a tendência é que esse processo se aprofunde ao longo do ano".
A inflação sobre as bebidas quentes, como café e leite, caiu 4,07% e 0,53%, respectivamente.
Mesmo o fator sazonal, que tende a pressionar os preços nessa época do ano, não tem sido o suficiente para contrabalancear o choque benéfico de custos.
Matheus Peçanha, economista e pesquisador do FGV Ibre
Roupas, remédios e gás não entram na deflação
Essas três categorias ainda sofrem com a inflação, apesar de terem demonstrado desaceleração quando comparadas com os últimos 12 meses.
As roupas, como agasalhos e calças, tiveram um aumento médio de 7,3%.
Os remédios, como antialérgico e antigripal, subiram 6,71%.
O gás encanado tem 7,87% de inflação.
Deixe seu comentário