Eles bancaram 4 anos de namoro a distância com milhas: 'Foi essencial'

Juntar milhas em programas de fidelidade e cartões de crédito foi essencial para o casal Giulia Murakami Pereira e Vitor Andrade Lemos viver um relacionamento a distância por quatro anos, sem que as passagens pesassem no bolso. Já Gabriela Ferreira conseguiu rodar o país nos últimos anos também usando milhas. Veja as estratégias utilizadas e dicas para economizar com milhas.
Namoro na ponte áerea
Giulia é paulista e Vitor é carioca. A nutricionista, de 26 anos, o analista de sistemas, de 30 anos, viveram um período de namoro e noivado marcado pela ponte aérea.
Para conseguirem se ver, adotaram uma estratégia de milhas. Ambos participam de um programa de fidelidade de uma companhia aérea (Gol) e acumulam milhas também por meio do uso de cartões de crédito. "Deixamos as milhas para usar com prioridade nas nossas viagens para nos encontrarmos", declara.
Passagem de graça. Giulia diz que o custo de uma passagem normal na ponte aérea Rio/São Paulo e vice-versa sairia em torno de R$ 400 na baixa temporada. Com o programa de milhas, muitas vezes eles não precisavam adicionar nenhum valor, trocando a pontuação pela passagem completa.
Quando precisavam pagar um extra, valor era baixo. Se as milhas eram insuficientes para gerar a passagem, eles completavam o valor restante. O custo era de R$ 60 a R$ 150, valor que, na época, seria equivalente ao custo de passagens de ônibus.
Pesquisa faz parte da estratégia. O casal pesquisava pelas melhores passagens algumas semanas antes de comprar. Os dois também consumiam conteúdo de pessoas que ensinavam a pontuar milhas usando cartão de crédito.
Casados, planejam viagens internacionais. "Estamos planejando conhecer o Atacama, no Chile", diz Giulia. "Usar milhas para fazer nossas viagens foi essencial na nossa história, e com certeza valeu, e continua valendo muito à pena, porque hoje estamos casados", afirma a nutricionista.
Turismo com milhas

Rodou o Brasil comprando passagens com milhas. A enfermeira Gabriela Ferreira, 26, conheceu diversos estados do Brasil usando milhas para comprar as passagens e economizar.
Foi de Porto de Galinhas a Gramado. Entre os destinos visitados, estão Porto de Galinhas (PE), Natal (RN), Gramado (RS), e Bonito (MS), além de Rio de Janeiro. Essas viagens foram feitas entre 2021 e 2022.
Usou milhas para pagar parte de passagens internacionais. Ela já viajou para a Argentina e Europa usando milhas. Apesar de precisar desembolsar um valor para complementar as milhas, ela considera que valeu a pena.
Ela pesquisa os valores das passagens e converte para milhas. Assim, afirma que a troca é vantajosa. Ela utiliza sites como Skyscanner e Kayak para comparar os preços antes de comprar com os programas de fidelidade.

Dicas para juntar mais milhas
Cadastre-se em programas de fidelidade de companhias aéreas. Pesquise as vantagens dos clubes de milhas e participe daqueles com as melhores ofertas.
Tenha cadastro em vários programas de fidelidade. É o que faz Gabriela, que tem contas na Livelo, Itaú, Santander Esfera, Latam Pass, Tap Miles &Go, Smiles, Tudo Azul, United, AA, Iberia Plus. Ela também acumula milhas no cartão de crédito do Pão de Açúcar Itaú.
Pague tudo no cartão. É o caso de contas em restaurantes, contas de casa e compras na internet. "Quanto mais utilizar seu cartão de crédito mais milhas você acumula, mais a viagem está garantida", diz Gabriela.
Dá para turbinar as milhas transferindo pontos. Para acelerar o aumento dos pontos, é preciso ficar de olho em promoções para comprar ou transferir pontos ou milhas entre programas. Em troca, o cliente recebe bônus. Em algumas promoções, você passa os seus pontos do banco para as companhias aéreas com uma bonificação de 100% ou mais, diz o especialista Rodrigo Góes.
Mas atenção: esse processo não é automático. "O cliente deve realizar essa transferência", diz.
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