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CMN mantém meta para a inflação em 3% para 2025

Gabriel Máximo

Colaboração para o UOL, de Brasília

26/06/2024 17h08

O CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu manter nesta quarta-feira (26) a meta de inflação em 3% para 2025, mas seguindo o modelo contínuo estabelecido em decreto editado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O que aconteceu

O CMN manteve a meta em 3% para 2025, 2026 e 2027. Nas reuniões de junho, o órgão define a meta para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para os próximos três anos. O colegiado é formado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

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A reunião formalizou a mudança no sistema da meta de inflação. A alteração consta no decreto do presidente Lula e estabelece que, a partir de 2025, o BC (Banco Central) deverá observar a meta permanentemente em um período de 12 meses. O modelo é diferente do que ocorre hoje, baseado no ano-calendário, em que a inflação deve estar dentro da meta até 31 de dezembro.

O CMN também manteve o intervalo de tolerância para a meta de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Ou seja, a meta de inflação é considerada cumprida se estiver entre 1,5% e 4,5% no final do ano. Com a mudança para o sistema contínuo, a meta será considerada descumprida quando a inflação desviar por seis meses consecutivos do intervalo de tolerância.

O papel do Banco Central é perseguir a meta a partir dos instrumentos de política monetária que dispõe, sendo a Selic (taxa básica de juros) a principal deles. Caso a meta seja descumprida, o presidente da autarquia precisa enviar uma carta ao ministro da Fazenda se justificando.

Especialistas apontam que a mudança para a meta de inflação contínua pode ajudar a autoridade monetária a gerir choques inflacionários. Foi o que aconteceu, por exemplo, durante a pandemia. Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou os juros de 2% ao ano para o patamar de 13,75% ao ano na tentativa de combater o aumento da inflação em razão da crise sanitária.

A mudança também pode minimizar o risco de populismo econômico. Alguns governantes seguram a elevação dos preços de diversos setores, como transporte e energia elétrica, na tentativa de controlar a inflação para que a meta anual seja cumprida.

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