Metade das famílias do RS perdeu bens materiais nas enchentes
As enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul entre os meses de abril e maio resultaram na perda de bens materiais para 53% das famílias residentes do estado, mostra estudo realizado pelos Cartórios de Protesto do Rio Grande do Sul. Para um em cada quatro (24%) consumidores, a tragédia levou tudo o que tinha, sobrando apenas as paredes e telhado.
O que aconteceu
Desastre climático assolou o Rio Grande do Sul. A tragédia causou mais de 180 mortes e resultou na perda de bens materiais para 53% da população das cidades de Canoas, Eldorado do Sul, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo.
Perda total foi relatada por 24% dos entrevistados. Na sequência, aparecem os móveis (16%) e os eletrodomésticos (11%). O desaparecimento da casa inteira é relatado por 11%. Outros 9% perderam roupas e calçados e 6% relatam o prejuízo com veículos.
Renda afetada
O rendimento de 60% das pessoas foi afetado pelas enchentes. Quase metade diz ter sido "muito afetado financeiramente" e 25% relatam que apenas "foram afetados". Para 70%, a capacidade de comprar produtos essenciais, como alimentos e água potável, atingida. Outros 69% precisaram faltar ao trabalho devido às questões climáticas.
Contas foram deixadas para trás por 29% da população local. Com o acesso ao sistema financeiro dificultado para 63% dos entrevistados, as despesas com cartão de crédito (26%), água e luz (24%) e serviços de streamming, TV por assinatura e telefone (12%) foram as mais deixadas de lado.
Retomada
A pesquisa mostra ainda um pessimismo dos gaúchos. Apenas 13% da população prevê que a recuperação econômica do estado será rápida. A posição é alinhada com a percepção de 75% dos ouvidos de que as autoridades locais não estão tomando medidas adequadas para auxiliar na retomada econômica.
Pesquisa ouviu 500 moradores do Rio Grande do Sul entre 25 de junho e 3 de julho. As entrevistas foram realizadas nas cidades de Canoas, Eldorado do Sul, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo.
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