Gasolina, passagem aérea e conta de luz pesam no bolso do consumidor
A prévia da inflação divulgada nesta quinta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra a gasolina, as passagens aéreas e as contas de luz como vilões dos brasileiros na entrada do segundo semestre.
O que aconteceu
IPCA-15 perdeu força ao avançar 0,3% em julho. A variação da prévia da inflação foi a segunda menor deste ano, atrás apenas da apurada em abril (0,21%). Com o resultado, o índice acumula alta de 4,45% no acumulado dos últimos 12 meses.
Vilões impediram variação menor do indicador. Em junho, a principal influência para o IPCA-15 partiram do grupo de transportes, que saltou 1,12% entre os dias 15 de junho e 15 de julho. O peso causou o maior impacto, de 0,23 ponto percentual, no resultado da prévia.
Encarecimento das passagens aéreas foi determinante. Segundo o IBGE, os bilhetes saltaram 19,21% e contribuíram para 0,12 ponto percentual na variação do indicador.
Combustíveis ficaram 1,39% mais caros. A gasolina teve alta de 1,43%, enquanto o etanol avançou 1,78% e óleo diesel teve variação positiva de 0,09%. Por outro lado, o gás veicular aparece 0,25% mais barato para os motoristas.
Conta de luz
Outro vilão do mês desponta do grupo de habitação. A energia elétrica residencial ficou 1,2% mais cara na primeira quinzenas de julho, segundo dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - 15).
Bandeira amarela foi acionada pela primeira vez desde abril de 2022. A alta das contas de luz é justificado pele retornou do mecanismo que acrescenta R$ 1,885 a cada 100 kwh (quilowatt-hora) consumidos pelas famílias.
Cidades também reajustaram as contas de energia elétrica. Os aumentos dos preços foram definidos em Belo Horizonte (+6,76%), a partir de 28 de maio, e em uma das concessionárias de São Paulo (0,42%), a partir de 4 de julho.
Tarifas de água e esgoto ficaram 0,22% mais caras. O resultado foi originado pelos reajustes tarifários em Brasília (9,85%), a partir de 1º de junho, e em Curitiba (2,95%), a partir de 17 de maio. No Rio de Janeiro, as tarifas caíram 0,93% a partir da redução média de 1,75% anunciada para este mês.
Alimentos
Os alimentos ficaram mais baratos pela primeira vez desde outubro do ano passado. A queda de 0,44% foi motivada pelo recuo de 0,7% da alimentação em casa.
Queda de 21,6% da cenoura foi a maior apurada no mês. Também representam um alívio no bolso das famílias as buscas por mamão (-18,14%), tomate (-19,94%) e cebola (-7,89%). As frutas, em geral, estão 2,88% mais baratas.
Refeição fora de casa impede queda menor. Na contramão dos alimentos em geral, o subgrupo avançou 0,25% em julho. Apesar da alta, o resultado representa uma desaceleração. O resultado surge com variações menos intensas dos lanches (0,24%) e das refeições (0,23%).
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