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Brasil cria 247.818 empregos com carteira assinada em setembro, diz Caged

Imagem: Adriana Toffetti/Ato Press/Estadão Conteúdo

Alexandre Novais Garcia

Do UOL, em São Paulo (SP)

30/10/2024 15h01

O Brasil abriu 247.818 novos postos formais de trabalho no mês de setembro, segundo dados apresentados nesta quarta-feira (30) pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.

O diz o Caged

Contratações superam as demissões pelo nono mês seguido. O resultado positivo de setembro é fruto de 2.163.929 admissões e 1.916.111 desligamentos no mês. No mesmo período do ano passado, o país criou 204.670 vagas com carteira assinada.

Geração de vagas CLT é a segunda maior deste ano. As 247.818 admissões formais confirmam a trajetória de alta registrada pelo indicador em agosto, quando foram abertos 239.113 postos com carteira assinada. Em 2024, o número só perde para fevereiro, com 305.935 vagas abertas.

Resultado segue bom desempenho da série histórica para o mês. Coletada há quatro anos pelo Novo Caged, a geração de vagas formais apurada para meses de setembro teve seu ápice em 2021 (330.161 postos). Em 2022, o saldo de empregos ficou positivo em 278.385.

Estoque de vagas sobe para 47.998.832 postos formais. Com o saldo positivo em todos os meses do ano, o total aparece 0,52% maior do que o saldo de agosto. No acumulado deste ano, o Brasil já criou 1.981.557 empregos celetistas, resultado de 19.782.862 admissões e 17.801.305 desligamentos.

Governo prevê 2 milhões de novas vagas formais em 2024. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, estima saldo positivo de admissões com carteira assinada em outubro e novembro. Para dezembro, ele destaca que o resultado deve seguir os ajustes verificados em anos anteriores.

[Os dados do mercado formal] acelerem em novembro e vão para o campo negativo, com raras exceções, em dezembro, devido aos ajustes do final do ano.
Luiz Marinho, ministro do Trabalho

Salário médio de admissão recua para R$ 2.158,96 em setembro. Segundo os dados apresentados pelo Caged, o valor é 0,38% (R$ 8,25) menor do que o apurado em agosto. A maior variação negativa, de 4,9%, partir do segmento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.

Setores

Quatro dos cinco ramos econômicos contrataram mais do que demitiram em agosto. A liderança fica por conta dos serviços (+128.354 postos). Na sequência, aparecem a indústria (+59.827 cargos), o comércio (+44.622 vagas) e a construção (+17.024 empregos).

Agropecuária foi o único setor com corte de vagas com carteira assinada. No segmento, foram 2.004 as demissões a mais do que admissões. O saldo surge a partir de 93.561 desligamentos e 91.557 contratações formais em setembro.

O que é o Caged

O indicador mede o andamento do mercado formal. Divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados recebe relatórios das empresas para definir a quantidade de contratações e demissões com carteira assinada no Brasil.

Informações do Caged são coletadas pelo eSocial. O sistema que unifica as informações de trabalhadores e empresas. A adoção extinguiu o modelo antigo para a coleta das informações e resultou na criação do Novo Caged, que traz as estatísticas do mercado formal de trabalho desde janeiro de 2020.

Caged usa metodologia diferente da Pnad, do IBGE. Ainda que ambos os indicadores tragam informações sobre o mercado formal, as divulgações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) são mais completas e definem o nível de desemprego. A base da pesquisa é movimento do mercado dento de um intervalo de três meses.

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