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Comissão aprova indicados para três diretorias do BC; nomes vão ao plenário

Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo (SP)

10/12/2024 12h08

A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (10) os nomes de Nilton José Schneider David, Gilneu Francisco Astolfi Vivan e Izabela Moreira Correa para três diretorias do BC (Banco Central). Os nomes indicados por Lula seguem para a avaliação do plenário da Casa.

O que aconteceu.

CAE aprovou nomes indicados por Lula para o BC. Se aprovados também pelo plenário, eles assumirão as diretorias de Política Monetária (Nilton José Schneider David), de Regulação (Gilneu Francisco Astolfi Vivan) e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta (Izabela Moreira Correa).

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Nomes foram aprovados após sabatina no colegiado. Entre os 27 parlamentares que votaram, 24 aprovaram a indicação de Moreira Correa, 23 foram favoráveis à condução de Astolfi e 22 concordaram com a nomeação de Schneider.

Os três indicados ao BC já atuam no setor bancário. Enquanto Astolfi é servidor do BC desde 1994, Izabela Moreira é Secretária de Integridade Pública da Controladoria-Geral da União do Banco do Brasil e Schneider chefia as Operações de Tesouraria do Banco Bradesco.

Indicados vão participar das definições sobre os juros. Schneider foi escolhido para o posto de Gabriel Galípolo, que assumirá o comando do BC no lugar de Roberto Campos Neto. Já Izabela e Astolfi podem substituir Carolina de Assis Barros e Otávio Ribeiro Damaso, respectivamente.

Nomeações ainda dependem do plenário do Senado. Após a sabatina e aprovação na CAE, os nomes dos três indicados ainda será analisado por todos os senadores. Cada um deles precisa conquistar ao menos 41 votos para serem empossados na diretoria da autoridade monetária.

Com as aprovações, Lula terá sete dos nove diretores do Copom. O órgão é responsável pela definição da taxa Selic a cada 45 dias. O atual presidente do BC, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, foi amplamente alvejado pelo presidente devido ao elevado patamar da Selic. Os diretores Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro e Resolução) são os remanescentes entre os indicados por Bolsonaro a partir de 2025.

Queixas de Lula consideram o efeito negativo dos juros no PIB. As avaliações do presidente surgem em linha com o fato de que a taxa Selic, principal instrumento de política monetária para conter a inflação, inibe o consumo e tem potencial para frear a atividade econômica.

Lula nega problemas se Galípolo elevar as taxas de juros no futuro. Em entrevista à rádio MaisPB, de João Pessoa, em agosto, o presidente garantiu que não vai criticar seus indicados em eventuais altas da Selic. "Se um dia o Galípolo chegar para mim: 'olha, tem que aumentar os juros', ótimo", disse.

Galípolo prevê manutenção dos "juros elevados por mais tempo". Em declaração na semana passada, o futuro presidente do BC avalia que as expectativas para a inflação são um incômodo para a autarquia e sinalizam para a permanência da política contracionista nos próximos meses.

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