Vendas do comércio crescem em outubro e acumulam alta de 5% em 2024

As vendas no comércio varejista no Brasil cresceram 0,4% no mês de outubro, na comparação com setembro, segundo dados apresentados nesta quinta-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com o mesmo período do ano passado, a PMC (Pesquisa Mensal do Comércio) apresenta alta de 6,5%.

O que aconteceu

Comércio apresenta segunda alta seguida ante o mês anterior. A variação de 0,4% do setor em outubro é vista como uma estabilidade na comparação com o avanço de 0,6% registrado em setembro. Em relação ao mesmo período do ano passado, o avanço é de 6,5%.

Volume de vendas segue no campo positivo no acumulado de 2024. O setor apresenta alta de 5% nos dez primeiros meses deste ano. Cristiano Santos, gerente da PMC, afirma que o resultado marca uma trajetória positiva do comércio brasileiro.

Dos dez meses apurados até agora, apenas junho registrou queda efetiva (-0,9%). Nos demais, houve crescimento ou estabilidade.
Cristiano Santos, gerente da PMC

Setor cresce pelo 25º mês consecutivo no acumulado em 12 meses. Conforme os dados apresentados pelo levantamento, a variação positiva entre novembro de 2023 e outubro de 2024 ficou em 4,4%.

Cenário positivo renova o patamar recorde da pesquisa, diz Santos. O gerente do estudo afirma que os dados apontam para o "aquecimento do comércio nacional". "Já é a terceira vez no ano que o recorde se renova", diz ele, sobre a série histórica iniciada em 2012.

Atividades

Varejo foi impulsionado pela venda de móveis e eletrodomésticos. A alta de 7,5% do segmento em outubro foi seguida dos ramos de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,7%), tecidos, vestuário e calçados (1,7%) e combustíveis e lubrificantes (1,3%).

Promoções contribuem para crescimento das áreas, avalia Santos. O pesquisador explica que os níveis elevados de estoques resultaram em "saldões" em algumas das grandes cadeias de lojas.

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O setor de Móveis e eletrodomésticos foi o que teve maior alta em outubro, refletindo os dois meses anteriores de queda. Ao longo do ano, o segmento apresenta uma volatilidade alta, com maior amplitude tanto de altas quanto de baixas, mais intensa do que a dos demais setores.
Cristiano Santos, gerente da PMC

Outros setores tiveram altas menos expressivas em relação a setembro. As variações foram apresentadas pelos ramos de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,3%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,3%).

Duas atividades apresentaram resultados negativos na comparação. As baixas ante setembro foram verificadas nos grupamentos de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,1%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,5%).

Sete das oito atividades têm alta ante outubro do ano passado. Os destaques na comparação ficam por conta de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (16,1%) e móveis e eletrodomésticos (9,9%). A única baixa partiu do ramo de jornais, revistas e papelaria (-9,3%).

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