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BC: desvalorização do Real impacta crédito e inadimplência de famílias cai

Sede do Banco Central em Brasília Imagem: Raphael Ribeiro/Divulgação BC

Colaboração para o UOL, em Campinas (SP)

27/12/2024 09h23

Os indicadores monetários e de crédito divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Banco Central (BC) mostram que o endividamento das famílias foi ligeiramente menor em novembro, enquanto o saldo do crédito ao setor não financeiro teve alta puxada pela depreciação do real frente ao dólar.

O que aconteceu?

Depreciação cambial puxou saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro. Segundo o BC, em novembro, o saldo foi de R$ 18,2 trilhões, alta de 1,9%. A subida foi puxada pelas captações externas, que aumentaram 4,9%, refletindo a desvalorização do real frente ao dólar, que chegou a 4,8% no período. Em 12 meses, as captações externas aumentaram 24,1%.

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Crédito para empresas também aumentou em novembro. A soma total foi de R$ 6,5 trilhões, alta de 2,6%. As captações externas também foram responsáveis por parte desse aumento, uma vez que subiram 4,5%. Em novembro de 2023, por exemplo, o crescimento da carteira de crédito aconteceu mais por causa dos títulos da dívida e componentes da dívida externa.

Estoque das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) também aumentou, chegando a R$ 6,3 trilhões. A alta de 1,2% é creditada, conforme o Banco Central, aos incrementos de crédito das empresas (1,4%) e das famílias (1%, totalizando R$ 4,2 trilhões). Comparando com os últimos 12 meses, houve ligeira aceleração. Até outubro, era 10,6%. Agora, até novembro, 10,7%.

Custo médio de toda a carteira de crédito do SFN se manteve estável em novembro. De acordo com os dados divulgados pelo Banco Central, o Indicador de Custo do Crédito (ICC) ficou em 21,7% ao ano em novembro.

Inadimplência

A taxa de inadimplência do saldo total de crédito do SFN, considerados os atrasos superiores a 90 dias, chegou a 3,1% da carteira. O número é 0,1 p.p. menor que em outubro. A inadimplência no crédito às empresas e no crédito às famílias manteve-se estável (2,3% e 3,7%, respectivamente), com reduções de até 0,5 p.p.

O endividamento das famílias ficou em 47,9% em outubro, com redução de 0,1 p.p. no mês. O comprometimento de renda diminuiu 0,1 p.p., em 26,3%. No comparativo com os últimos 12 meses, também houve redução de 0,5 p.p.

Crédito com recursos livres, aqueles onde a taxa de juros é definida com a instituição financeira, também tem números positivos, segundo o BC. No mês de novembro, o estoque chegou a R$ 3,7 trilhões, 1,2% maior que em outubro, e 10,3% mais alto que no mesmo mês do ano passado.

Taxa de juros

Taxa média de juros teve aumento e chegou a 41% ao ano. Conforme o BC, a alta em novembro foi de 0,7 p.p., porém o índice tem queda de 0,7 p.p. em 12 meses.

Às famílias, a taxa média de juros alcançou 53,4% a.a., número 0,8 p.p. maior que em outubro. Elevações no rotativo do cartão de crédito (6,9 p.p.) e crédito pessoal não consignado (2,1 p.p.) impulsionaram o indicador.

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