'Prioridade é votar o Orçamento de 2025', afirma Haddad
Alexandre Novais Garcia
Do UOL, em São Paulo (SP)
06/01/2025 12h10
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (6), após encontro com o presidente Lula, que a prioridade do governo está na aprovação do Orçamento de 2025.
O que aconteceu
Haddad reconhece execução mais lenta dos assuntos. "Nós temos que falar com o relator para ajustar o Orçamento às normas do arcabouço fiscal e às leis que foram aprovadas no final do ano passado", disse.
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A prioridade agora é votar o Orçamento.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Programação do ano foi discutida com o presidente Lula. Segundo Haddad, o encontro realizado nesta manhã debateu, além do Orçamento, a pauta "dentro e fora do governo".
Eu fui apresentar para ele o planejamento do Ministério da Fazenda, já agendando reuniões futuras, inclusive prevendo os trabalhos legislativos.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Novos cortes de gastos não entraram nas discussões. Após a proposta apresentada pela equipe econômica ser desidratada pelo Congresso, Haddad afirma que o tema ainda não foi levado ao presidente.
Reforma da renda deve ser concluída nos próximos dias. O ministro disse que as inconsistências no projeto inicialmente apresentado devem ser corrigidas em breve. Sobre a votação da proposta, ele afique que ainda é necessário aguardar a eleição das mesas diretoras no Congresso antes de dar andamento no assunto. "A discussão está programada para 2025."
Dólar
Ministro nega mudanças no regime cambial. Ao comentar a recente valorização da moeda norte-americana, Haddad descartou a possibilidade de alterações e de aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para conter a saída de dólar.
Haddad avalia que houve um processo de "acomodação" da moeda. Segundo o ministro, a disparada que fez a divisa operar acima de R$ 6 resulta de um estresse que valorizou o dólar no mundo inteiro após a eleição de Donald Trump. "Hoje mesmo o presidente eleito dos Estados Unidos deu declarações moderando determinadas propostas feitas ao longo da campanha", disse.
É natural que as coisas se acomodem, mas não existe discussão de mudar o regime cambial no Brasil, nem de aumenta o imposto com esse objetivo.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda