No 1º dia, Trump acelera exploração do petróleo; taxação só em fevereiro

O presidente norte-americano Donald Trump, empossado nesta segunda-feira (20), decretou estado de emergência energética, o que permite aumentar a exploração de petróleo e permitir novas perfurações no Alasca e Oceano Ártico. Diferentemente do que prometeu na campanha e nas redes sociais, Trump não taxou importações de países como México, Canadá e China em até 25% no primeiro dia, mas disse que isso pode acontecer em 1º de fevereiro.

O que aconteceu

Após discurso na Arena Capital One, em Washington, Trump se sentou em uma cadeira e assinou ao menos dez ordens executivas. Algumas congelaram gastos e contratações até que o governo tenha total conhecimento das informações econômicas. Não houve qualquer menção às medidas econômicas esperadas.

Já no Salão Oval da Casa Branca, Trump assinou a emergência energética, com argumento de que produção maior de petróleo pode reduzir custos de combustível e eletricidade. Estados Unidos não enfrentam problemas nesse sentido, mas a justificativa é para tentar segurar a inflação e diminuir os preços de bens e serviços. Para isso, potencial do Alasca deve ser explorado mais

Produção de gás natural e energia para competir com a China. O estado de emergência energética permite que o país aumente a produção, no que Trump chama de uma forma de competir com a China para desenvolver tecnologias, como inteligência artificial, que dependem de bases de dados que consomem muita energia.

Isso afeta também a produção de veículos elétricos, que deve ser desestimulada no novo governo. O objetivo final é restaurar o "domínio energético" dos Estados Unidos. "Eles [governo Biden] destruíram minha proposta de energia, e agora retomando isso, o cidadão já vai perceber diferenças", disse Trump.

Promessa de agir contra imigrantes ilegais e declarar emergência nacional na fronteira ao sul foi cumprida. Isso deixou um alerta nas empresas. Ainda que o objetivo seja desestimular a contratação dessas pessoas, a avaliação de alguns setores é que, sem gente para trabalhar, a produção industrial interna pode ser prejudicada.

Taxa de importação só após análise

Trump não cumpriu promessa de taxar importações no primeiro dia. Na campanha e neste domingo (19), Trump prometeu que taxaria em 25% os produtos vindos do Canadá e México assim que tomasse posse. A China foi incluída depois, com taxa próxima a 10% — a maior parte dos produtos vendidos nos EUA é chinesa.

Decisão deve ser baseada em análises de agências federais. O jornal norte-americano The Wall Street Journal e a rede de TV NBC confirmaram, com respectivas fontes no governo Trump, que o presidente vai pedir às agências federais análises das diferentes de áreas de política comercial e recomendar ações, revisar tarifas e acordos comerciais existentes.

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Novas taxas podem ser cobradas do Canadá e México a partir de 1º de fevereiro, como disse Trump a jornalistas no Salão Oval. Impostos atualmente são pagos por importadores nacionais, o que acaba refletindo também para o consumidor. Esse é um dos motivos apontados pela imprensa norte-americana para a "recuada". O governo estuda ainda a ideia de criar um Serviço de Receita Externa para coletar receita tarifária.

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