Josias: Trump deve conspirar para que COP30, no Brasil, seja um fracasso

O presidente americano, Donald Trump, deve conspirar para que a COP30, encontro global para discutir as mudanças climáticas, seja um fracasso, opinou o colunista Josias de Souza no UOL News, do Canal UOL, nesta terça-feira (21). O evento está previsto para ocorrer em novembro, em Belém (PA).

O negacionismo do Trump torna indiscutivelmente mais difícil o cumprimento de metas climáticas, que já estão aí sendo sistematicamente descumpridas. E é triste que isso ocorra no momento em que o Brasil se equilibrou para sediar esse encontro. Certamente, o Trump não estará presente e vai conspirar para que o encontro seja malsucedido. Esse é o drama, e o Brasil está no epicentro do problema. Josias de Souza, colunista do UOL

O governo brasileiro espera receber cerca de 100 mil visitantes ao longo das duas semanas de conferência. Em 2024, a COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, recebeu 54.148 participantes presenciais entre delegações, observadores, convidados e equipe de suporte inscritos.

Ao Canal UOL, o colunista Leonardo Sakamoto disse que o esvaziamento do evento após a eleição de Trump já é esperado por organizadores.

Essa possibilidade de esvaziar a COP30 não é novidade para quem está organizando o evento. Quando, por exemplo, a Kamala Harris perdeu a eleição para o Trump, ou seja, a política claramente ia ter uma interrupção, o próprio Biden, quando veio para o G20, fez eventos com Lula para tentar reforçar a pauta ambiental, porque sabia que não terá presidente dos Estados Unidos defendendo o meio ambiente na COP30 meses depois. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Além dos investimentos governamentais em infraestrutura, há ações no Pará para melhoria da rede hoteleira, construção de mais hospedagens, capacitações de profissionais do setor de turismo voltadas à sustentabilidade e a reforma de pontos turísticos em toda a região metropolitana de Belém.

Josias: 'Bolsonaro não tem aliados, e sim súditos'

No UOL News, Josias também afirmou que, na briga do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com senador Marcos Pontes (PL-SP), seu antigo aliado, resta saber quem irá perder mais. O colunista lembrou ainda que "Bolsonaro não tem aliados, e sim súditos".

[Pontes] é uma pessoa que tem percepção da realidade, mas pode querer marcar uma posição, pode querer espaço. Ele pode estar querendo fazer o jogo político dele. Aí vem o Bolsonaro e diz: 'olha, eu o elegi, e até deixei pelo caminho o Marco Feliciano, que é deputado e queria ser senador'.

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O Marcos Pontes foi eleito, tem 8 anos de mandato. Pode dar uma banana pro Bolsonaro, porque quem o elegeu foi o eleitor de São Paulo, não o Bolsonaro que nem vota em São Paulo. Então, Bolsonaro devia ter um pouco mais de humildade, mesmo que tenha contribuído para a eleição. Mas esse é o Bolsonaro. Como eu disse, ele não tem aliados, ele tem súditos. Então estão brigando porque o súdito ousou discordar de um acordo que o Bolsonaro fechou no Senado. Josias de Souza, colunista do UOL

A disputa entre os dois teria ocorrido após o senador rebater o ex-presidente, seu antigo aliado, e reiterar a sua pré-candidatura à presidência do Senado. Sem citar de Bolsonaro, o político paulista afirmou no X (antigo Twitter) que "a arrogância pode fechar portas".

O ex-presidente apoia o nome de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e se queixou publicamente da "disciplina" de seu ex-ministro da Ciência e Tecnologia e falou em "honrar a palavra dada".

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