Em 1ª reunião comandada por Galípolo, BC deve elevar Selic a 13,25% ao ano
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O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) volta a se reunir nesta terça-feira (28) para a primeira decisão de 2025 a respeito da taxa básica de juros da economia. O encontro será o primeiro comandado por Gabriel Galípolo e deve resultar, novamente, na elevação de 1 ponto percentual da taxa Selic, de 12,25% ao ano para 13,25% ao ano.
O que deve acontecer
Primeiro encontro do Copom em 2025 começa nesta terça-feira. Na etapa inicial da reunião, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, e os diretores realizam apresentações técnicas sobre as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro.
Novo patamar da taxa básica de juros será definido amanhã (29). O segundo dia de encontro entre os dirigentes da autoridade monetária é marcado pelas projeções macroeconômicas e o veredito sobre o nível da taxa Selic. O anúncio deve ocorrer após as 18h. O patamar permanece vigente até o dia 19 de março.
Decisão será capitaneada por Gabriel Galípolo, indicado por Lula. Ele assumiu o comando da autoridade monetária no lugar de Roberto Campos Neto, alvo de críticas da equipe econômica e do presidente Lula devido à condução da política monetária. Galípolo, no entanto, tem sinalizado para a manutenção das decisões de forma contracionista, com "juros mais altos por mais tempo".
Mercado prevê a taxa Selic no maior nível desde setembro de 2023. Caso a alta de 1 ponto percentual seja confirmada, os juros básicos subirão para 13,25% ao ano. Para o fim deste ano, as expectativas mostram que a Selic chegará a 15% ao ano, patamar alcançado pela última vez em julho de 2006. "O Copom deve manter o discurso duro, indicando que deve subir o juro até onde for necessário", diz Leonardo Costa, economista do ASA.
BC também previu uma elevação similar à da última reunião. Na ata da última reunião, o Copom projetou mais duas elevações de 1 ponto percentual da taxa Selic, em janeiro e março, sem a indicação sobre os próximos passos. Tal movimento levará os juros básicos a 14,25% ao ano, o maior patamar desde outubro de 2016.
A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.
Última ata do Copom
Por que a Selic vai subir
Cenário "mais desafiador" para controlar a inflação motiva aperto monetário. Ao determinar o ciclo de novas altas dos juros, os diretores do BC avaliam que a resiliência da atividade econômica nacional e o aquecimento do mercado de trabalho, com o menor nível de desemprego da série histórica, resultam em mais inflação.
Na percepção do Copom, os fatores, associados à política fiscal expansionista, ainda indicam um suporte ao consumo e à demanda agregada, impedindo a queda dos preços.
Última ata do Copom
Definições têm a taxa Selic como ferramenta para conter inflação. Principal instrumento de política monetária para controlar os preços, a taxa básica ajuda a estimular ou inibir o consumo das famílias e, consequentemente, resulta na elevação dos preços ao ser reduzida. Já quando a Selic sobe, os investimentos ficam mais atrativos e o menor volume de compras abre caminho para uma inflação menor.
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