Teka pede falência continuada; entenda o que isso significa

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A indústria têxtil Teka, que tem sede em Blumenau (SC) e fábrica em Artur Nogueira (SP), pediu falência à Justiça nesta quinta-feira (5). A decisão foi publicada nas redes sociais da companhia. A empresa estava em recuperação judicial há 13 anos.
O que aconteceu
Em comunicado nas redes sociais, a empresa confirmou que os advogados responsáveis pela administração judicial entraram com pedido de falência continuada. Isso significa que a empresa continua funcionando até que o patrimônio seja liquidado e todos os credores pagos. Dívidas seriam bilionárias, mas não há a informação de quanto a companhia está devendo de fato.
Solicitação ainda vai ser analisada pela Vara Regional de Falências, Recuperação Judicial e Extrajudicial de Jaraguá do Sul (SC). Até lá, a companhia continua operando com as mesmas limitações financeiras e operacionais em vigor. Não é possível estimar um prazo para que o pedido seja verificado.
Empresa defende que manutenção das atividades é essencial para as cidades de Blumenau (SC) e Artur Nogueira (SP). "O pedido realizado pela administração judicial, consiste justamente na manutenção da empresa em funcionamento, com a racionalização dos pagamentos aos credores e a permanência da Teka no mercado", informou na nota publicada nas redes. Companhia tem, segundo estimativas, 2.000 funcionários.
Sindicato dos trabalhadores fez assembleia com funcionários, e greve não está descartada. Para o presidente do Sintrafite (Sindicato dos Trabalhadores Têxteis De Blumenau, Gaspar e Indaial), Carlos Alexandre Maske, o pedido de falência é uma "briga de acionistas". A declaração foi divulgada em um vídeo publicado no site oficial do sindicato.
Nome "real" da Teka é Tecelagem Kuehnrich S/A. A recuperação judicial foi pedida em 2012, após dívidas bilionárias. Em 2017, empresa deixou de operar na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo). Três anos antes, o presidente-executivo, Marcello Stewers, renunciou ao cargo, mas a empresa não divulgou os motivos. Crise interna era conhecida, já que, nos últimos anos, vários conselheiros foram destituídos por ordem judicial.
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