Governo aguarda anúncio oficial dos EUA sobre aumento de tarifa, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (10) que o governo Lula (PT) vai aguardar qualquer manifestação oficial dos Estados Unidos sobre aumento tarifas para pensar em uma retaliação.

O que aconteceu

O governo de Donald Trump afirmou que deverá elevar em até 25% as tarifas para o aço e o alumínio de todos os países. Isso afetaria diretamente o Brasil, segundo maior exportador de aço para o país, um total de US$ 5,7 bilhões em 2024.

Haddad disse que é preciso esperar uma manifestação oficial dos EUA. "O governo tomou a decisão de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas, não em anúncios que podem ser mal interpretados, revistos", disse o ministro, nesta manhã.

Como resposta, o governo Lula estaria avaliando taxar empresas de tecnologia. Segundo a Folha de S.Paulo, o pedido de análise foi feito pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), também ministro da Indústria e do Comércio.

Haddad negou a informação. "Nós vamos aguardar a orientação do presidente da República depois das medidas efetivamente implementadas", afirmou, após questionado pela imprensa. Em sua conta do X (antigo Twitter), o ministro escreve:

"Para não deixar dúvida, não é correta a informação de que o governo Lula deve taxar empresas de tecnologia se o governo dos Estados Unidos impuser tarifas ao Brasil. No mais, o governo brasileiro tomou a decisão sensata de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas e não em anúncios que podem ser mal interpretados ou revistos. Vamos aguardar a orientação do presidente."

O próprio Lula já havia falado em retaliação. Em entrevista coletiva no final de janeiro, o presidente afirmou que, se Trump aumentasse taxas que interferissem no comércio entre Brasil e EUA, o país adotaria o princípio da reciprocidade e também implementaria alternativas tarifárias.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.