Dólar turismo volta a ficar abaixo de R$ 6 enquanto Bolsa cai mais de 1%

O dólar fechou em estabilidade nesta quarta-feira (12). A moeda norte-americana fechou em queda de 0,08%, vendida por R$ 5,763. O destaque, no entanto, ficou para o dólar turismo que voltou a fechar abaixo de R$ 6.

O que aconteceu

Dólar comercial oscilou ao longo do dia. A moeda norte-americana passou por altas e baixas desde os primeiros momentos do pregão. Ainda assim, a cotação terminou distante da barreira de R$ 5,80.

Na véspera, a moeda recuou 0,51%. A segunda desvalorização consecutiva do dólar ante o real fez a moeda terminar o dia cotada a R$ 5,767 na terça (11), com investidores atentos às tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a importação de aço.

Tendência de baixa é mantida em fevereiro. Após acumular queda de 5,54% em janeiro, o dólar continua no mesmo rumo neste mês, com recuo em seis dos oito pregões já finalizados. No ano, a baixa totaliza 6,75%.

Dólar turismo também recuou. A cotação da moeda destinada aos viajantes se consolida abaixo de R$ 6. A divisa recuou 0,27%, a R$ 5,989.

Bolsa

Ao longo do dia Ibovepa apresentava forte queda. O principal índice da Bolsa de Valores do Brasil reverte a sequência de dois pregões consecutivos de ganho e recua nesta quarta-feira (12). Às 15h21, o índice recuava 1,7% e voltava a figurar abaixo dos 125 mil pontos. O volume financeiro do pregão soma R$ 10 bilhões.

Bolsa fecha em queda expressiva. Mantendo o que se via ao longo do dia o Ibovespa fechou no vermelho com baixa de 1,69% e 124 mil pontos. O volume financeiro somou R$ 21,19 bilhões.

Desaceleração econômica no radar. A queda de 0,5% do setor de serviços, aquele que responde por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, aumenta a incerteza no mercado financeiro. "Isso gera um cenário mais cauteloso para o Ibovespa e pressiona o dólar, refletindo a incerteza econômica global e doméstica.", diz João Kepler, CEO da Equity Fund Group.

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Inflação afasta EUA do corte de juros. O índice de preços ao consumidor do país registrou alta de 0,5% dos preços em janeiro e reduz as expectativas de cortes de juros em setembro. As taxas mais altas nos Estados Unidos afastam os investidores de mercados emergentes, a exemplo do Brasil, que oferecem ativos de maior risco.

Já não é totalmente descartado movimentos de altas [dos juros nos EUA]. Ativos de risco reagem com quedas nesta abertura, e juros futuros sobem.
Igliori, economista-chefe da Nomad

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