Achou bizarro? Comerciais non sense serão comuns para marcas, diz relatório

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A consultoria global WGSN e a empresa Bits to Brands lançaram hoje (13) o guia 'Para onde vamos', relatório que destaca tendências de comunicação que já estão presentes nas discussões atuais e o potencial delas para inspirar e evoluir nas estratégias de marketing das marcas.
O que aconteceu
Hoje, 79% dos consumidores globais acreditam que o papel das marcas mudou nos últimos cinco anos. Quase metade das pessoas espera que as empresas tornem o mundo 'um lugar melhor'.
Por outro lado, 9 em cada 10 relatórios de tendências apontam um único caminho para as empresas: estabelecer conexões reais com os consumidores, por meio da criação de narrativas autênticas que aproximem as marcas das pessoas.
O pulo do gato é como criar essas conexões. Pensando nisso, a consultoria global WGSN e a empresa Bits to Brands produziram o guia 'Para onde vamos', que aponta temáticas que devem ser observadas atentamente pelas marcas.
O relatório, estruturado em três capítulos, explora desafios e oportunidades do futuro, com uma análise de tendências que já estão ganhando força - e que devem se intensificar até 2026.
Com a apresentação de exemplos práticos, o estudo se divide em seis grandes temas que nortearão a comunicação das marcas daqui para a frente. Entre símbolos de confiança, mundo offline e fandoms, um dos destaques é o chamado de 'marketing absurdo'.
O humor até surrealista, em certos casos, tem se tornado primordial em parte das campanhas publicitárias. O estudo ainda apresenta dados indicando que 91% das pessoas preferem marcas com humor, e 90% estão mais propensas a lembrar de anúncios que utilizam esse recurso.
Uso do humor deverá crescer nos próximos anos
Para Nicole Silbert, líder de marketing da WGSN na América Latina, o uso do humor e de propostas surreais de conteúdo começaram a ser práticas mais usadas a partir de 2021.
A alternativa foi uma espécie de antídoto à crise generalizada de atenção do consumidor em um período bastante complexo de sentimentos, com o efeito da pandemia. Com o tempo, a consultoria observou o aumento gradual dessa prática ao longo dos últimos anos.
O senso de autenticidade também será outro fator muito cobrado pelo consumidor. O humor precisará ser algo genuíno com o contexto e narrativa da marca inserida. É sempre importante relembrar que não é porque algo está sendo utilizado em massa, que necessariamente você precisa aplicar para sua marca e muito menos, sem um contexto por trás.
Nicole Silbert, líder de marketing da WGSN na América Latina
Tal tendência já foi vista no Festival de Cannes do ano passado e se fortalece agora. No último Super Bowl, disputado no domingo passado (9), a maioria dos comerciais deixou de lado possíveis polêmicas, abraçando o humor e a nostalgia.
Com intervalos que custaram quase US$ 8 milhões, nada de agenda woke: o cantor britânico Seal se transformou em uma foca no comercial do refrigerante Mountain Dew e bichos preguiça tornam a segunda-feira o 'pior dia do mundo' na campanha da cerveja Coors Light. Assista:
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