Brasil abre 137 mil empregos com carteira assinada em janeiro, mostra Caged

O Brasil abriu 137.303 vagas com carteira assinada em janeiro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apresentados nesta quarta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O que diz o Caged

Brasil voltou a contratar mais do que demitir no início de 2025. O saldo positivo de janeiro ocorreu com 2.271.611 admissões e 2.134.308 desligamentos formais no mês. No mesmo mês do ano passado, o país criou 173.233 vagas formais de trabalho.

Resultado não reverte a perda de postos formais em dezembro. O volume de contratações celetistas em janeiro é insuficiente para repor as 535.547 demissões com carteira assinada no último mês de 2024. O saldo negativo foi o único registrado em todo o ano passado, que terminou com 1,7 milhão de novos empregos formais.

Desempenho positivo já havia sido revelado por Luiz Marinho. O ministro do Trabalho antecipou, na última segunda-feira (24), que o Brasil criou mais de 100 mil postos formais em janeiro. "Começando o ano gerando empregos de qualidade e vamos repetir no ano inteiro", disse Marinho.

Salários

Remuneração média de admissão aumenta em janeiro. Os números do Ministério do Trabalho indicam que os trabalhadores contratados formalmente no mês passado recebem, em média, R$ 2.251,33. O valor é R$ 89.02 (-4,12%) maior em comparação com dezembro do ano passado.

Indústria geral oferece os maiores salários no Brasil. A remuneração de 2.341,89 do segmento, no entanto, foi a única que recuou em janeiro. Na sequência, aparecem a construção (R$ 2.381,44) e os serviços (R$ 2.337,88). O único salário médio abaixo de R$ 2.000 aparece no ramo de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 1.977,68).

O que é o Caged

O indicador mede o andamento do mercado formal de trabalho. Divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados recebe relatórios das empresas para definir a quantidade de contratações e demissões com carteira assinada no Brasil.

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Informações do Caged são coletadas a partir do sistema eSocial. A ferramenta é responsável por unificar as informações de trabalhadores e empresas. A adoção extinguiu o modelo antigo para a coleta das informações e resultou na criação do Novo Caged, que traz as estatísticas do mercado formal de trabalho desde janeiro de 2020.

Caged usa metodologia diferente da Pnad Contínua, do IBGE. Ainda que ambos os indicadores tragam informações sobre o mercado formal, as divulgações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) são mais completas e definem o nível de desemprego. A base da pesquisa é o movimento do mercado dentro de um intervalo de três meses.

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