'Não haverá medida excepcional para impulsionar economia', diz Rui Costa

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Rui Costa, ministro da Casa Civil, afirmou que o governo não adotará medidas excepcionais para estimular o crescimento da economia em 2025.
O que aconteceu
"A economia vai crescer pelo que está contratado", disse Costa. Segundo ele, as obras já previstas pelo governo é que irão puxar o crescimento econômico do país ao longo do ano. "Não tenham dúvida da absoluta responsabilidade fiscal do governo do presidente Lula", afirmou o ministro em outro momento.
"O mercado não acertou nesses dois anos, ele previa sempre um crescimento menor", disse Costa. O ministro lembrou que movimentações recentes, como a depreciação do real em relação ao dólar no fim do ano passado por conta da expectativa em relação ao governo Trump nos EUA, tendem a se reverter.
Além disso, o governo espera uma supersafra em 2025. Caso a expectativa se concretize, Costa afirma que o preço dos alimentos pode começar a cair já a partir do meio do ano.
Governo precisa que notícia verdadeira chegue antes de versão falsa, defendeu ministro. No último fim de semana, ele já havia feito declarações nesse sentido. "Além de governar, você tem que passar o dia inteiro tentando fazer com que os fatos prevaleçam sobre as versões", afirmou Costa no evento desta quarta (26).
Para Costa, sucessor de Padilha deve ter 'intenso diálogo' com Congresso. Durante a entrevista em evento do BTG em São Paulo, o ministro disse que a decisão é uma prerrogativa de Lula (PT), mas admitiu que o vê mais inclinado a escolher alguém com boa capacidade de conversa com os presidentes da Câmara e do Senado.
Lula trocou ministra da saúde
Nísia Trindade foi substituída por Alexandre Padilha (PT). A mudança foi anunciada no fim da tarde de ontem. Padilha estava à frente da Secretaria de Relações Institucionais, que não tem novo chefe definido ainda. A saída de Nísia foi atribuída a pressões por parte do Congresso.
"Ela é uma pessoa extraordinária, uma pessoa séria, serena, capaz", disse Costa sobre Nísia. Em entrevista ao canal de TV Globonews nesta quarta (26), ele destacou a atuação da agora ex-ministra na repactuação do SUS e não descartou a possibilidade de ela ocupar novos cargos no governo.
"Quem governa não pode ficar em depressão quando as pesquisas não vêm boas", afirmou ministro. A declaração foi dada na mesma entrevista, na qual Costa admitiu ainda que o governo não "comunicou bem" em seus dois primeiros anos.
Fala vem após pesquisas mostrarem aprovação do governo em baixa. Contratado pela Genial Investimentos, um levantamento da Quaest apontou que a desaprovação de Lula (PT) é maior que a aprovação em oito estados. No dia 14, o Datafolha indicou aprovação de 24% para o presidente — a menor já verificada em suas três passagens pelo cargo.
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