Landim: Elevar etanol na gasolina é mais um esforço para baixar a inflação

Propor a elevação da quantidade de etanol anidro na gasolina é mais um esforço do governo Lula (PT) para tentar baixar a inflação, afirmou hoje a colunista Raquel Landim no UOL News, do Canal UOL.

Quando você aumenta a mistura de etanol na gasolina, é uma medida para tentar baixar o preço da gasolina. Como a gasolina tem um peso muito grande no indicador de inflação, você reduz o IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo]. Como consequência, você também tem uma série de impactos na economia. Raquel Landim, colunista do UOL

O Ministério de Minas e Energia irá propor a elevação progressiva da mistura de etanol anidro na gasolina dos atuais 27% para 30%, após testes bem-sucedidos com o novo combustível. A medida ainda precisa ser aprovada pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), formado por 17 ministros do governo, conforme mostrou a reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

Os aumentos nos preços da energia elétrica (17,68%) e da gasolina (2,97%) aceleraram a inflação no varejo medida pelo IGP-DI )(Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) em fevereiro, informou a FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Eu conversei com duas fontes aqui: uma do setor de açúcar e do álcool e outra do Ministério de Minas e Energia. A fonte do setor de açúcar e do álcool me diz exatamente isso, que o etanol é, historicamente, mais barato que a gasolina. Quando você aumenta o percentual de etanol, você estará reduzindo o preço desse combustível.

Além disso, você reduz a necessidade de importação. Hoje, a Petrobras está subsidiando a gasolina produzida no Brasil, mas ela não produz tudo. Então, você tem uma quantidade de gasolina importada. Você reduzindo a gasolina importada, você também estará reduzindo o preço dos combustíveis. A fonte do ministério também me confirmou.

Então, essa é uma medida do governo de mexer na carestia que está atrapalhando a popularidade do presidente. Raquel Landim, colunista do UOL

Em março, Lula registrou piora e passou a superar a avaliação positiva pela primeira vez neste mandato, segundo pesquisa Ipsos-Ipec. Quase metade (41%) considera o governo ruim ou péssimo, de acordo com dados apurados pelo instituto. Em dezembro, eram 34%. Ótimo ou bom são 27%. Três meses antes eram 34%. A inflação em alta é um dos motivos apontados para a queda na popularidade do presidente.

Sakamoto: 'Filhos de Bolsonaro gostariam de ser 'poste' do pai em 2026'

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), gostariam de ser o "poste" do pai nas próximas eleições ao Palácio do Planalto, em 2026, analisou o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News. Bolsonaro, o pai, é considerado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 2030.

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É o caso no caso o senador Flávio Bolsonaro, que provavelmente também gostaria de ser o poste do pai. O deputado Eduardo Bolsonaro pode ser o poste do pai. Ambos não têm votos sozinhos, mas, é claro, impulsionados pelo pai, poderiam ir mais longe.
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Sakamoto se referia à declaração feita pelo próprio Flávio ao UOL: o senador disse que Bolsonaro continuará candidato até o prazo final da Justiça Eleitoral. A ideia é esperar "até os 48 minutos do segundo tempo". Caso a proibição de concorrer se mantenha, o vice vira o titular na disputa pelo Planalto. Se não concorre, diz ele, Bolsonaro "elege até um poste".

Malafaia: 'Avisei a Bolsonaro que carioca acorda tarde no domingo'

Ao UOL News, Silas Malafaia —um dos organizadores do ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)— contestou números divulgados na imprensa e comparou o tamanho da manifestação com bloco promovido pela cantora Anitta, no Carnaval.

Eu não gosto de entrar numa 'guerra' com esses números: 100 mil, 200 mil, 18 mil [pessoas]. Primeiro, [dizer que foram] 18 mil é uma afronta à inteligência de qualquer um. Um dia desses, a Anitta fez aqui no Carnaval 600 mil [pessoas]. Pega a nossa imagem, e a imagem disso, [do bloco] da Anitta. Não vi ninguém discutir nada disso.

Então, sabe, eu tenho muita dificuldade com a questão de números. Eu sei do seguinte, num domingo de mais de 30 graus, com a final de Fla-Flu, de tarde, no Maracanã, nós tínhamos lá uma multidão de gente. Não tinham dois quarteirões, não, tinham mais do que dois quarteirões [cheios]. Vai me desculpar. Silas Malafaia, pastor e aliado de Bolsonaro

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O ato de Bolsonaro, que pedia a anistia a envolvidos na tentativa de golpe, reuniu ontem 18,3 mil pessoas na praia de Copacabana, na zona sul do Rio, segundo dados do Monitor do Debate Público do Meio Digital, do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), em parceria com a ONG More in Common. Em 2024, o público foi de 33 mil pessoas.

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h, com apresentação de Fabíola Cidral, e às 17h, com Diego Sarza. Aos sábados, o programa é exibido às 11h e 17h, e aos domingos, às 17h.

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Veja a íntegra do programa:

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