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Trump anuncia tarifa de 25% nos carros e peças importados pelos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Roberto Schmidt/AFP O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Roberto Schmidt/AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Imagem: Roberto Schmidt/AFP

Colaboração para o UOL, em Campinas (SP)

26/03/2025 19h54

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje uma ordem executiva que criará taxa de 25% sobre todos os carros importados pelo país. A medida, que entra em vigor no dia 2 de abril, tem como objetivo "fortalecer a indústria automotiva" dos EUA.

O que aconteceu

Anúncio foi feito no Salão Oval da Casa Branca no começo da noite. Trump afirmou que a taxa de importação de 25% dos carros produzidos fora dos EUA vai estimular o crescimento do setor dentro do país. "Nosso mercado de automóveis vai prosperar como nunca antes", disse o presidente. Hoje, a taxa é de 2,5%. Horas depois da fala de Trump, a Casa Branca disse que peças de carros também terão a mesma taxa. O argumento do governo americano é que menos de 25% dos carros vendidos nos EUA têm peças produzidas no país.

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O México deve ser o principal afetado, já que é o principal fornecedor de carros para os EUA. Muitas montadoras têm fábricas no país vizinho. Na sequência, vem a Coreia do Sul, Japão, Canadá e Alemanha, segundo dados divulgados pelo jornal The New York Times.

A taxa deve começar a valer em 2 de abril, quando um pacote de outras tarifas deve entrar em vigor. Isso é parte da agenda econômica focada nas cobranças, que já inclui impostos sobre produtos da China, aço e alumínio - incluindo do Brasil, e algumas mercadorias do Canadá e do próprio México. Além disso, Trump já sinalizou que pretende aplicar tarifas de 25% sobre os produtos dos países que compram petróleo ou gás da Venezuela.

A decisão repercutiu na Europa. A presidente da CE (Comissão Europeia), Ursula von der Leyen, disse em um comunicado que está "profundamente preocupada" com o anúncio. Ela afirmou também que a Europa "vai avaliar todas as medidas que os EUA estão prevendo nos próximos dias" e que continuará buscando soluções baseadas na diplomacia.

Canadá disse que vai defender os interesses do país. Em entrevista transmitida no "X", o primeiro-ministro, Mark Carney, disse que o país tem "diversas opções retaliatórias" e que convocou reunião de gabinete para discutir a questão.


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