Dólar sobe ainda com reflexos e temores de política tarifária de Trump

Após oscilar em margens estreitas ao longo do dia, o dólar encerrou o dia em alta e novamente acima de R$ 5,75. A valorização da moeda americana ocorreu em meio à desvalorização de outras divisas emergentes, como o peso mexicano e o peso chileno.

O movimento refletiu a preocupação dos investidores com os impactos da política tarifária dos Estados Unidos, que gerou cautela no mercado e pressionou moedas de países emergentes.

O que aconteceu

Dólar fecha em alta e turismo acompanha movimento. O dólar à vista avançou 0,34% nesta quinta-feira (27), encerrando o dia cotado a R$ 5,752. O dólar turismo também registrou valorização, com alta de 0,30%, chegando a R$ 5,977.

Ibovespa sobe com impulso de blue chips e alívio nos juros. O principal índice da Bolsa brasileira fechou em alta de 0,47%, atingindo 133.148,75 pontos, com um volume negociado de R$ 15,59 bilhões. O avanço foi sustentado pelo desempenho positivo de ações da Vale e da Petrobras, além do impacto da queda na curva futura de juros.

JBS lidera ganhos, seguida por Hapvida e Cogna. Entre os destaques positivos do pregão, as ações da JBS (JBSS3) subiram 5,83%, encerrando a R$ 41,95. Hapvida (HAPV3) avançou 5,38%, cotada a R$ 2,35, enquanto os papéis da Cogna (COGN3) registraram alta de 5,15%, fechando a R$ 2,04.

Petróleo sobe com tensões comerciais e sanções dos EUA. Os contratos futuros do petróleo encerraram a sessão em alta, impulsionados pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, após o anúncio de tarifas sobre automóveis feito por Donald Trump. Investidores também seguem atentos às sanções americanas contra o Irã e a Venezuela, que afetam a oferta da commodity.

IPCA-15 avança menos que o esperado, mas segue elevado. O índice de inflação IPCA-15 subiu 0,64% no mês, abaixo da projeção do mercado, que estimava alta de 0,69%. Apesar do resultado inferior às expectativas, a taxa foi a mais alta para o mês desde 2023.