Produção de café no Brasil vai diminuir em 2025, diz Embrapa
Colaboração para o UOL
31/03/2025 16h15
A produção total de café no Brasil em 2025 atingirá 51,8 milhões de sacas de 60kg, o que indica uma retração de 4,4% em relação à colheita do ano anterior, de 54,2 milhões de sacas, segundo relatório da Embrapa.
O que aconteceu
O grão está sendo cultivado em 1,85 milhões de hectares no país. Isso permitirá uma produtividade média de 28 sacas por hectare em nível nacional, uma variação negativa de 3%. Em 2024, o cultivo foi feito em uma área de 1,88 milhão de hectares, com produtividade média de 28,8 sacas.
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A região Sudeste responderá por 89,8% da produção nacional, com 44,93 milhões de sacas. A área ocupada é de 1,66 milhão de hectares, uma queda de 1,7%, com produtividade média de 27,0 sacas por hectare, o que representa uma redução de 4,3%.
O Nordeste produzirá 5,5% da safra do grão neste ano. Serão 3,41 milhões de sacas cultivadas em uma área de 101,24 mil hectares (queda de 1%), com 33,7 sacas por hectare. Isso representa uma alta de 11,4% na produtividade em relação ao ano anterior, de 30,3 sacas/ha.
Na terceira posição figura a Região Norte, com safra estimada em 2,24 milhões de sacas. O resultado equivale a 4,4% da produção nacional, cultivada em uma área de 41,44 mil hectares, o que representa um acréscimo de 2,8%. Já a produtividade será 3,6% maior que a anterior, com 54,3 sacas/ha ante 52,4 sacas/ha.
A Região Sul será responsável por 1,4% da produção nacional, taxa exatamente igual ao que foi efetivamente colhido em 2024. A área de cultivo se manteve em 25,28 mil hectares, com média de 26,7 sacas/ha.
No Centro-Oeste, o volume físico será de 463,1 mil sacas de 60kg (menos de 1% da safra nacional), numa área de 17,39 mil hectares. Se confirmado, o desempenho representará um decréscimo de 11,6% em relação a 2024, de 524 mil sacas, enquanto a produtividade terá redução de 10,7%.
Condições climáticas impactam o cultivo de café. No início do ano, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a seca e as altas temperaturas nas fases de floração afetaram a produtividade do grão. Os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo são os principais fornecedores, respectivamente.