Balança comercial de março é melhor da série, mas 2025 deve fechar em baixa

O saldo da balança comercial brasileira em março foi o melhor da série histórica para o mês, mas o acumulado para 2025 deve ficar 5,4% abaixo do registrado em 2024. A divulgação dos dados foi feita nesta tarde pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).

O que aconteceu

Superávit comercial da balança comercial foi de US$ 8,155 bilhões em março, um aumento de 13,8% relação ao mesmo mês de 2024. O valor foi alcançado com exportações de US$ 29,178 bilhões e importações de US$ 21,023 bilhões.

Exportações tiveram alta no volume embarcado, 5%, contra aumento de apenas 0,4% nos preços. Embarques para China voltaram a crescer em março com a maior exportação da soja —16,5% a mais no mês, com valor 7% mais alto. As exportações de café aumentaram 92,7% no mês, com alta de 83,2% nos preços. Já a exportação de petróleo teve queda de 20,3%, e o minério de ferro caiu 16,5%.

Importações registraram queda de 1,2% nos bens de consumo. A redução maior foi registrada em combustíveis, com recuo de 26,9%. A importação de veículos automóveis de passageiros caiu 38,5%, o que influenciou nas compras feitas da Argentina, que caíram 17,5% no mês.

Balança comercial deve fechar 2025 com superávit de US$ 70,2 bilhões, 5,4% abaixo do registrado no ano passado. No ano passado, o saldo comercial foi de US$ 74,2 bilhões. Em janeiro, o Mdic não cravou uma expectativa para o saldo deste ano, tinha apenas apontado que a balança poderia ficar com saldo positivo de US$ 60 bilhões a US$ 80 bilhões.

Exportações devem somar US$ 353,1 bilhões neste ano, 4,8% a mais que em relação a 2024. A projeção do início do ano era de que as exportações somassem de US$ 320 bilhões a US$ 360 bilhões em 2025. No ano passado, o valor foi de US$ 337 bilhões.

Nas importações, a expectativa é de US$ 282,9 bilhões, um avanço de 7,6% na comparação com o valor importado no ano passado. Na projeção do início do ano, o Mdic disse que esperava importações entre US$ 260 bilhões e US$ 280 bilhões.

Já para a corrente de comércio a previsão para 2025 é de US$ 636,1 bilhões, contra US$ 599,9 bilhões, um avanço de 6%. Em janeiro, a expectativa é de que esse dado ficasse entre US$ 580 bilhões e US$ 640 bilhões.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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