Mais precioso que ouro: ródio é raro e não pode ser extraído de minas

A busca por tecnologias sustentáveis pode aumentar a demanda pelo metal mais precioso do mundo. O ródio supera o ouro e a platina em valor econômico, acumulando uma alta de 15% neste início de ano, e é peça-chave para reduzir gases causadores do efeito estufa.

O que aconteceu

Atualmente, a onça de ródio é comercializada a US$ 5.400 no mercado financeiro, ante uma média de US$ 3.000 do ouro. No início de março, o metal chegou a ser cotado a US$ 6.000, segundo a consultoria Trading Economics. Não há mercado futuro para o ródio, mas a Bolsa de Hong Kong permite negociações com o elemento.

Ródio é encontrado em poucas partes do planeta. O maior depósito do mundo está localizado na África do Sul, responsável pela maior parte das exportações (405). A Rússia também se destaca pela produção do metal, produzido a partir de um depósito na Sibéria.

Elemento não é extraído de minas. Geralmente, o ródio é um subproduto do refino de minérios de cobre e níquel. Na Terra, o metal é encontrado em 0,000037 partes por milhão, enquanto o ouro é relativamente abundante em 0,0013 partes por milhão, de acordo com a Sociedade Real Britânica de Química.

Identificado pelo símbolo Rh, o ródio tem número atômico 45 (45 prótons e 45 elétrons) e massa atômica igual a 102,9 u. Foi descoberto em 1803 pelo químico inglês William Hyde Wollaston.

Metal branco-prateado é valorizado pela resistência e durabilidade em várias aplicações. O ródio não é corroído ou manchado pela atmosfera em temperatura ambiente e pode ser usado em joias, artigos decorativos, instrumentos ópticos e também como agente de liga para endurecer a platina.

Ródio é essencial para o setor automotivo. Esse elemento químico é frequentemente visto em catalisadores, convertendo a queima de combustível em gases menos poluentes para o meio ambiente.

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