Dólar sobe quase 1% e vale R$ 5,899, apesar de suspensão do 'tarifaço'
Ler resumo da notícia
O dólar fechou o dia em alta de 0,92%, apesar da perda de força dos temores econômicos com a interrupção temporária do "tarifaço" imposto por Donald Trump. Com variação positiva, a moeda norte-americana é negociada por R$ 5,899. A Bolsa de Valores brasileira recuou mais de 1%.
O que aconteceu
Dólar comercial voltou a subir. O resultado vai na contramão dos momentos finais do pregão de ontem, quando a moeda norte-americana desacelerou fortemente na segunda metade da tarde. Hoje, a valorização foi ampliada de maneira constante até o começo da tarde.
Divisa se reaproximou dos R$ 6. O dólar chegou a cair nos primeiros minutos da sessão, mas logo descolou da cotação inicial e superou R$ 5,95. "O comportamento do mercado hoje é uma fotografia da tensão entre proteção e oportunidade", diz André Matos, CEO da MA7 Negócios, ao observar a forte oscilação do dólar.
Moeda teve forte queda ontem. A desvalorização de 2,54% foi registrada após o dólar passar a maior parte do pregão negociado acima de R$ 6. A interrupção da alta no meio da tarde foi ocasionada pela suspensão das tarifas do Brasil para os Estados Unidos pelo período de 90 dias.
Incertezas permanecem elevadas. Mesmo com a suspensão das tarifas, o mercado financeiro prevê a continuidade da tensão comercial com as definições futuras. "Trump deve continuar sendo um fator de pressão negativo para as moedas emergentes, especialmente o real", estima Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
Cenário reflete maior demanda pela moeda dos EUA. Diante ainda das incertezas geopolíticas, aumenta o interesse pelo dólar. "O fluxo de capital foge das moedas emergentes, como a brasileira, e procura abrigo na moeda americana", avalia Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.
Bolsa
Ibovespa fecha em forte queda. O principal índice acionário brasileiro conta com a recomposição de parte do salto de 3,12% da véspera, quando recuperou os 127 mil pontos.
Índice brasileiro recuou 1,13%. A queda, persistente desde o início da sessão, coloca o Ibovespa aos 126.354,75 pontos. O volume financeiro do pregão supera os R$ 26 bilhões.
Petroleiras amargam maiores quedas. PetroReconcavo (RECV3) e Prio (PRIO3) acompanham as ações ordinárias (PETR3) e preferenciais (PETR4) da Petrobras entre as cinco maiores quedas do Ibovespa. As perdas contabilizadas são de, respectivamente, 6,3%, 8,13%, 6,49% e 6,22%.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.