China busca apoio da União Europeia em estratégia contra tarifaço de Trump
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O presidente chinês Xi Jinping pediu hoje à União Europeia (UE) para que os países possam resistir unidos ao assédio norte-americano em meio à guerra tarifária deflagada por Donald Trump ao longo da semana.
O apelo aconteceu durante uma reunião com o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, em uma visita à Pequim. Xi Jinping afirmou que a UE e a China "formaram uma estreita relação de simbiose econômica, com a sua produção econômica combinada excedendo um terço do total mundial". O PIB da China somado ao PIB da UE superaram os US$ 34 trilhões em 2023, segundo o site de metadados Dados Mundiais.com.
Xi Jiping pediu para que os países do bloco possam trabalhar junto à China para cumprir com "suas responsabilidades internacionais", "trabalhem juntas para proteger a globalização econômica" e "resistam conjuntamente à intimidação unilateral" imposta pelos Estados Unidos.
"Não há vencedor em uma guerra tarifária, e ir contra o mundo só resultará em autoisolamento", disse Xi. O mandatário ainda ressaltou que a "China permanecerá confiante e focada em administrar bem os próprios assuntos".
Diante da escalada das tensões tarifárias desencadeadas pelo tarifaço imposto pelos EUA, a Espanha e a UE estão dispostas a fortalecer a comunicação e a coordenação com a China para manter a ordem comercial internacional, afirmou Pedro Sanchez após a reunião.
Essas foram as primeiras declarações do presidente chinês após Pequim aumentar as tarifas de produtos dos EUA. Até o momento, as tarifas atingiram o teto de 125% em retaliação ao último aumento de Washington, que somam 145%. De fato, 20% desse total foi imposto no começo do ano, quando Donald Trump buscava retalhar a suposta participação da China no tráfico de fentanil.
Em comunicado, o Ministério das Finanças da China disse que o governo não pretende aumentar a retaliação contra o governo Trump na guerra tarifária. O governo afirma que novos aumentos não teriam "nenhum sentido econômico" e que os EUA estavam prestes a "se tornar uma piada na história da economia mundial".
"Com o atual nível tarifário, não há possibilidade de aceitação de mercado para produtos americanos exportados para a China", disse o Ministério das Finanças em um comunicado anunciando durante o último aumento tarifário.
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