Receios de guerra comercial derrubam a Bolsa e dólar cai

O dólar perdeu ritmo após superar o patamar de R$ 5,91 e fechou o dia em queda em meio à escalada dos temores de guerra comercial entre China e Estados Unidos. A moeda norte-americana recuou 0,44%, vendida por R$ 5,865. A Bolsa de Valores também opera em queda.

O que aconteceu

Dólar comercial caiu. A variação da moeda norte-americana oscilou entre altos e baixos desde as primeiras negociações do dia. Na máxima da sessão, a divisa chegou a R$ 5,916. Após esse pico, por volta das 10h, a cotação começou a cair até fechar o dia em baixa.

Ontem, o dólar voltou a subir. A valorização de 0,67% da moeda norte-americana ontem repôs parte da perda de 0,8% registrada nas duas sessões anteriores. Ainda assim, a divisa permaneceu negociada abaixo de R$ 5,90.

Cotação para viajantes cai. O dólar turismo acompanhou o dólar comercial e também recuou. A moeda terminou o dia negociada a R$ 6,096, baixa de 0,52% na comparação com o fechamento de ontem.

Bolsa

Ibovespa também caiu. O principal índice do mercado acionário brasileiro acompanhou as Bolsas mundiais e encolheu 0,72%, aos 128.316,89 pontos.

Queda reflete guerra comercial. No mais novo capítulo da escalada de conflitos entre EUA e China, Donald Trump restringiu a exportação dos chips AI H20 da Nvidia para a China. Também pesa entre os analistas a elevação das tarifas sobre as importações chinesas para 245%.

A nova tarifa americana sobre produtos chineses elevou a tensão nos mercados globais e impactou negativamente as ações ligadas a commodities, como Vale e Petrobras.
Sidney Lima, da Ouro Preto Investimentos

Mercado segue em compasso de espera. "A nova escalada tarifária imposta por Trump e a reação dos mercados globais colocaram os ativos emergentes em modo de cautela", diz Theo Braga, CEO da SME The New Economy. Para André Matos, CEO da MA7 Negócios, o comportamento "escancara o desconforto dos investidores diante da falta de previsibilidade" no penúltimo pregão de uma semana mais curta.

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A convergência de estresse nos mercados de ações e câmbio deixa claro que a confiança do investidor está frágil e dependente de uma trégua geopolítica improvável no curto prazo.
André Matos, CEO da MA7 Negócios

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