Dólar cai a R$ 5,72 e Bolsa sobe com maior patamar em 19 dias

Após dois dias sem negociação devido à Sexta-feira Santa e ao feriado de Tiradentes, o dólar fechou o dia com queda de 1,32% em relação ao real e terminou negociada por R$ 5,728. Bolsa registrou o maior patamar de negociação em 19 dias.

O que aconteceu com o dólar

Dólar comercial abre a semana abaixo de R$ 5,80. A cotação acompanha os últimos movimentos de desvalorização da moeda norte-americana ante o real nos últimos pregões.

Moeda dos EUA caiu nas últimas duas sessões. Com desvalorização em três dos quatro pregões da Semana Santa, a divisa recuou 1,14% no período, de R$ 5,871 para R$ 5,804.

Cotação para viajantes ficou abaixo de R$ 6. O dólar turismo seguiu a queda do dólar comercial e fechou o dia vendido por R$ 5,950, queda de 1,42% em relação ao último fechamento.

Ofensiva de Trump contra o BC dos EUA influencia a desvalorização do dólar. Os rumores de que o presidente dos EUA, Donald Trump, estuda demitir o comandante do Federal Reserve, Jerome Powell, contribuem para a perda de força global do dólar.

O que está em jogo

Taxas de juros são ponto central dos embates. O novo descontentamento de Trump considera a declaração de Powell sobre o "tarifaço" imposto pelo republicano. Para o presidente do Fed, a decisão dificulta o controle da inflação e, consequentemente, o corte dos juros.

Trump teme que a economia esfrie co taxas nos patamares atuais. Em março, quando o BC dos EUA manteve os juros entre 4,25% e 4,5% ao ano, o presidente ressaltou que um corte prepararia melhor a economia norte-americana para as tarifas que colocaria em vigor.

Demissão de Jerome Powell, no entanto, depende de briga judicial. Como o Fed é uma instituição independente do governo americano, seus membros não podem ser desligados por determinação da Casa Branca. Trump, no entanto, tenta derrubar a proibição, determinada em 1935, que exige uma justificativa do presidente para o afastamento de dirigentes de agências independentes.

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Entenda a disputa de Trump X Fed

Powell disse que tarifas de Trump são risco para as metas do Fed. O Fed é responsável por buscar manter os preços e o desemprego sob controle nos Estados Unidos.

Em março, o Fed manteve a taxa de juros americana entre 4,25% e 4,5%. Foi a segunda reunião seguida de manutenção da taxa. Na ocasião, Trump criticou a decisão do Fed. Na rede social Truth Social, o presidente americano disse que taxas menores preparariam melhor a economia americana para as tarifas que entrariam em vigor em breve.

Logo no início de seu segundo mandato, Trump também criticou o Fed. "Se o Fed tivesse gastado menos tempo em DEI [sigla em inglês para diversidade, equidade e inclusão], ideologia de gênero, energia "verde" e mudanças climáticas falsas, a inflação nunca teria sido um problema", disse em publicação na rede social Truth Social, logo após a decisão do Fed que interrompeu a queda dos juros no país.

Bolsa

Ibovespa operou em alta. Após saltar mais de 1% na última sessão, o principal índice acionário do Brasil reverteu a queda dos primeiros negócios do dia e passou a subir até fechar em alta.

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O índice terminou o dia com 0,63% de valorização. Com a variação positiva, o Ibovespa atingiu os 130.464,38 pontos.

Último fechamento acima de 130 mil pontos foi há 19 dias. Com o desempenho de hoje, o Ibovespa alcançou o maior patamar desde 3 de abril (131.140,66 pontos).

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