Josias: Governo Lula foi empurrado pela Justiça a tomar providência no INSS

O governo Lula (PT) foi forçado pela Justiça a tomar providências diante do escândalo de desvio bilionário ocorrido no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), destacaram hoje os colunistas Mônica Bergamo e Josias de Souza no UOL News, do Canal UOL.

Ele [Carlos Lupi, ministro da Previdência] acrescentou uma informação [durante a coletiva de imprensa] com a qual a gente não estava trabalhando desde o início, que o presidente do INSS não foi afastado por determinação do Lula, mas sim afastado por uma decisão judicial. Isso muda bastante as coisas. Mônica Bergamo, colunista da Folha.

Isso mesmo (...) o ministro da Previdência revelou que os suspeitos, entre eles, o presidente do INSS, não foram afastados pelo governo, foram afastados por decisão judicial. Então, [o governo] foi compelido, empurrado pela Justiça a tomar uma providência. Josias de Souza, colunista do UOL

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado em meio à Operação Sem Desconto, que apura a cobrança irregular de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024 —ação que começou na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seguiu até o governo atual, do presidente Lula.

A operação policial mira golpes contra aposentados e pensionistas e foi deflagrada pela Polícia Federal e pela CGU (Controladoria-Geral da União). Os agentes miram no combate ao esquema nacional de descontos não autorizados em benefícios concedidos pelo INSS.

Stefanutto foi indicado ao cargo pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi. Durante a coletiva de imprensa, realizada na manhã de hoje, Lupi revelou que o presidente do INSS foi afastado após decisão judicial, mas que prefere aguardar o término das investigações e não jogar as pessoas na fogueira, segundo palavras dele.

Aí vem o ministro da Previdência e diz: 'olha, eu não posso tomar nenhuma decisão até o final dessa operação. A operação acaba de ser deflagrada' e que 'todo mundo tem o direito de defesa, todo mundo é inocente até que se prove ao contrário'. Ora, essa investigação começou em 2023.

Ninguém está pedindo ao ministro para colocar as pessoas na fogueira. O que se pede ao ministro é se aja em defesa dos aposentados. Os aposentados já estão na fogueira, tendo as suas aposentadorias sendo descontadas ilegalmente.

Se estamos diante de um governo lógico, quando começaram as investigações, em 2023, a CGU deve ter cientificado o ministro da Previdência que havia uma fogueira ardendo no INSS. Então, o ministro Carlos Lupi se manifesta como se fosse um cego. Tinha um fogueira, as labaredas cresceram a ponto de chamarem a Polícia Federal e, agora, o fogo é intenso. Josias de Souza, colunista do UOL

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Resumo da operação

Segundo a Polícia Federal, além do presidente do INSS, foram afastados o diretor de benefícios e relacionamento com o cidadão, o procurador-geral junto ao INSS, o coordenador geral ao suporte ao atendimento ao cliente e o coordenador geral de pagamentos e benefícios.

A operação contou com o apoio de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU e foi realizada em 13 estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe, além do Distrito Federal.

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