Uso da poupança para financiar imóveis dá sinais de esgotamento, diz BC

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O BC (Banco Central) avalia que o uso da poupança como principal fonte de financiamento imobiliário representa um "esgotamento" da modalidade e exige a busca por novas alternativas.
O que aconteceu
BC vê "esgotamento" do modelo de financiamento imobiliário. Em entrevista coletiva para apresentar os planos da autoridade monetária para os anos de 2025 e 2026, o diretor de regulação do BC, Gilneu Vivan, disse existir um consenso no mercado de que o uso dos recursos da poupança para o crédito imobiliário passou a ser insuficiente.
Nosso modelo, no qual a poupança é a fonte primária de funding para o crédito imobiliário, tem apresentado esgotamento. Esse é um debate que vamos conduzir no tempo.
Gilneu Vivan, diretor de regulação do BC
Novas alternativas para o financiamento estão no radar. Gilneu Vivan afirma que o BC tem ouvido associações de classe e instituições financeiras na busca por um modelo mais adequado para o crédito imobiliário. "Quando aparecer uma alternativa que se mostre viável, isso pode ser mais acelerado ou não", disse.
Declaração surge em meio à fuga de aplicações da poupança. Dados do próprio BC apontam que as cadernetas fecharam os últimos quatro anos com captação líquida negativa, resultando na perda acumulada de R$ 209,8 bilhões no período. Neste ano, os saques superaram as aplicações em R$ 34,6 bilhões no primeiro trimestre.
Quando você olha o valor que deveria ser direcionado dos recursos da poupança para o crédito imobiliário, esse valor já foi superado. Isso começa a restringir a oferta de crédito imobiliário.
Gilneu Vivan, diretor de regulação do BC
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