Brasil leva 85 troféus iF Design Award; Docol é maior vencedora nacional
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A cerimônia de entrega dos troféus do iF Design Award 2025, um dos principais prêmios de design do mundo, acontece na noite de hoje (28), em Berlim (Alemanha).
Na edição deste ano, quase 11 mil inscrições, de 66 países, foram avaliadas por 131 jurados. Com mais de 70 categorias, o design brasileiro receberá 85 troféus, quebrando seu recorde na premiação.
Dois projetos nacionais receberão o iF Gold Award, maior prêmio da noite: a nova identidade do Mercado Novo, em Belo Horizonte (MG), criada pela Greco Design, e a luminária portátil Jazz B, criada pela Lumini, empresa brasileira de iluminação.
Entre as empresas conhecidas do grande público, destaque para o Itaú, que ficou com 5 prêmios (4 deles para seu rebranding), e para a Docol, maior vencedora nacional da noite, que trará 6 troféus para o Brasil - 5 deles na categoria Banho.
Para Fernando Gama, CMO da Docol, as conquistas reforçam o posicionamento da marca como referência global em inovação e funcionalidade, refletindo o compromisso em desenvolver produtos e soluções que transformam a experiência dos usuários.
O UOL Mídia e Marketing conversou com Fernando. Confira:
Como é a relação entre ganhar prêmios e pensar no consumidor?
A forma de compra de um produto nosso é muito diferente da usual. Não é uma pasta de dente, um sabão em pó que você compra toda semana, que você toma sua decisão em 3 ou 4 segundos, na frente da gôndola.
Uma pessoa que compra metais e louças talvez faça 3 ou 4 dessas aquisições na vida. Assim, ela vai muito mais a fundo na pesquisa: pergunta aos amigos, aos familiares, por alguém que fez obra, entra no site, estuda. É algo que vai ficar 20, 30 anos na casa dela.
Assim, se aquela marca tem o design mais premiado da América Latina, pode ser que seja a melhor escolha para o resto da vida. São quase 10 anos que estamos trabalhando para essas conquistas.
Até por esses motivos, o desembolso do consumidor é sempre relativamente alto. Como entrar nessa jornada?

Temos diferentes momentos, desde a necessidade emergencial, mais tática, até a inspiracional. Se ele não estiver nessa primeira, muitas vezes ele estará no momento de uma reforma, tentando dar uma experiência nova no lavabo, na cozinha.
Se ele estiver em uma segunda casa própria, talvez ele demore um ano e meio ou até dois anos pra tomar uma decisão sobre quais metais e louças vai escolher.
E quem auxilia mais o decisor? O arquiteto, o engenheiro ou o vendedor da loja?
Os arquitetos ainda têm uma penetração baixa. Nas reformas, por exemplo, eles fazem 10% do volume total, mas chegam a 30% da movimentação em valor da categoria. Mas também temos o balconista, o especificador da loja, o encanador. Muitas vezes, eu comparo até com uma farmácia.
Do ponto de vista de comunicação, precisamos ter posicionamento de marca muito claro: no que acreditamos, quais são os diferenciais e o que tem de benefício relevante para o consumidor.
Em qual ponto está a maturidade digital do setor? Como fica seu investimento?
Estamos em um ritmo um pouco mais lento. Ainda não somos comparáveis com as empresas de consumo, por exemplo. Mas temos dividido igualmente os investimentos em estratégias b2b e b2c (para as empresas e para os consumidores). Precisamos construir marca para o consumidor final, sem deixar a jornada de arquitetos, por exemplo.
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