Data centers para IA vão elevar custo de energia, aponta FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que os preços de energia elétrica podem subir 8,6% nos EUA, se as empresas não adotarem fontes renováveis para alimentar seus processadores. O dado está no relatório "Famintos por energia: como a IA impulsionará a demanda por energia".

O que aconteceu?

A demanda global por eletricidade pode mais do que triplicar para cerca de 1.500 terawatts-hora (TWh) até 2030. Nos EUA, a alta seria de 22%, na Europa, 13%, e na China, 10%, de acordo com previsões da McKinsey e do JP Morgan. Isso pode elevar os preços do gás em cerca de 9% na Ásia e na Europa e 7% nos Estados Unidos até 2026.

Atualmente, os data centers representam cerca de 1,5% do consumo global de energia elétrica. A taxa varia de acordo com a região, sendo que em território americano chega a 4%. Um caso de destaque é a Virgínia, onde os data centers foram responsáveis por 26% do consumo de eletricidade em 2024.

Já as emissões de carbono dos EUA aumentariam 5,5% sob as políticas atuais, sem restrições de infraestrutura. Globalmente, a alta seria de 1,2%, em média. As emissões acumuladas entre 2025 e 2030 equivaleriam aproximadamente a todas as emissões de gases de efeito estufa relacionadas à energia da Itália em cinco anos, segundo o relatório.

Embora o custo social dessas emissões adicionais represente uma pequena fração dos benefícios econômicos esperados da IA, elas contribuiriam para um acúmulo já preocupante de gases de efeito estufa Relatório do FMI

O custo social extra foi estimado entre US$ 50,7 bilhões (R$ 290,9 bilhões) a US$ 66,3 bilhões (R$ 380,5 bilhões). O cálculo considerou o valor de US$ 39 (R$ 223,8 na cotação atual) por tonelada. O resultado é menor do que os ganhos de renda associados à IA, com aumento anual de 0,5% do PIB global.

No quarto trimestre de 2024, Alphabet, Amazon, Meta e Microsoft gastaram coletivamente quase US$ 75 bilhões (R$ 428 bilhões) em investimentos de capital. Isso representa um aumento de cinco vezes em relação aos US$ 15 bilhões (R$ 85 bilhões) registrados no primeiro trimestre de 2019.

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