Tecnologias da Agrishow projetam lavoura adaptada, precisa e 'portátil'

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Desempenho em tempo real, corte de alta precisão, dosagem autoguiada, resistência às mudanças climáticas e versões menores para mecanização da lavoura familiar. A vitrine de novos maquinários e tecnologias de plantio na edição 2025 da Agrishow é marcada por máquinas e insumos adaptados e focados em alta produtividade para todos os tamanhos de produção.
Máquinas pesadas inteligentes
A produção em larga escala ganhou este ano equipamentos para otimizar a produção e reduzir impactos ambientais, duas demandas essenciais para aumentar a competitividade do agro brasileiro no mercado internacional.
Marcas como John Deere e Case IH lançaram tratores com sistemas de telemetria integrada, permitindo monitoramento em tempo real de desempenho, consumo de combustível e manutenção preditiva. Os modelos trazem sensores de umidade do solo e ajuste automático de profundidade de plantio diferenciados.
Na linha de maquinários gigantes, a nova colheitadeira da Fendt, a Ideal 25, se destaca com uma trilha superior de 45%, mas também pelo investimento em redução de consumo de combustível e de custos, com menor manutenção do motor de 1900 rpm.
A nova colheitadeira CR 11 da New Holland, por sua vez, oferece maior capacidade de processamento de grãos com menor perda, incorporando tecnologias de separação da colheita por fluxo de ar. A marca trouxe ainda drones de pulverização Defensor, que prometem mais economia e eficiência na aplicação.
Ainda sobre dispersão, a Sprayer Systems trouxe pulverizadores autoguiados como o Patriot 250, feitos com bicos inteligentes que ajustam a vazão conforme a velocidade, e a Hural Dynamics apresentou o Rover TR-P200, pulverizador elétrico autônomo comandado via app inaugura nova categoria e elimina o uso de diesel e controle via app para programação segura e precisa de rotas e áreas de aplicação.
A Massey Ferguson inovou com resistência, criando uma barra de 42 metros em aço, alumínio e fibra de carbono para o pulverizador MF 500R "Como o pulverizador é a máquina que mais trabalha na lavoura, essa inovação reduz o número de passadas na lavoura em até 29%, trazendo mais produtividade e menor compactação do solo", informa a marca.
Precisão para aumento da produção também foi o foco da Indústrias Colombo que lançou na feira a plataforma de corte e enleiramento de feijão Winflex Draper CW35 para médios e grandes produtores. "Entre os benefícios está a melhor qualidade no grão colhido, uma vez que você pode cortar no ponto certo, sem usar dessecante, diminuindo custos, trazendo mais sustentabilidade e um produto mais limpo e valorizado", afirma o diretor de operações, Neto Colombo.
Agricultura familiar acessível e sustentável
Para os pequenos produtores, empresas como Stara e Jumil desenvolveram plantadeiras menores e mais fáceis de adaptar, com dosagem automática de sementes e fertilizantes.
Combinando painéis solares à mobilidade elétrica, a Agritech entregou uma proposta de microtratores para áreas de até 20 hectares capazes de reduzir custos operacionais.
A LS Tractor trouxe o MT4 70, "único trator verdadeiramente utilitário do segmento". De fabricação nacional e projetado na Coreia do Sul, o modelo foi criado para "atender a todos os desafios no campo em pequenas, médias e grandes propriedades."
A Caterpillar, que completou 100 anos, apostou em produtividade com uma linha de minicarregadeiras de última geração, as recém-lançadas Cat 250 e Cat 260.
No campo da mobilidade sustentável, a Volare investiu na descarbonização do transporte em áreas rurais com os micro-ônibus Fly 10 GV (movido a GNV e biometano), Attack 10 Híbrido (etanol/elétrico) e Attack 10 Rural.
Plantio direto e manejo sustentável
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, levou para a feira um novo sistema de plantio direto com bioinsumos que usa bactérias fixadoras de nitrogênio diretamente no sulco de plantio para reduzir necessidade de fertilizantes químicos.
"Estamos recebendo novos parceiros para que a gente possa desenvolver novas tecnologias para a agricultura brasileira, visando a uma agricultura mais sustentável, mais resiliente às mudanças climáticas", afirmou Silvia Massruhá, presidente da Embrapa em visita ao estande da empresa na Agrishow.
Já o IAC (Instituto Agronômico de Campinas) lançou cultivares de cana e café inéditos com maior resistência a secas e mais adaptadas a mudanças climáticas.
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