Dólar fecha em alta e bolsa cai com expectativa sobre nova taxa de juros

O dólar fechou hoje com leve valorização de 0,63% ante o real, a R$ 5,689.

O que aconteceu

A alta reverteu os primeiros negócios do dia. Logo pela manhã, a moeda norte-americana chegou a ser vendida a R$ 5,629. A tendência, no entanto, se reverteu logo pela manhã e foi ampliada ao longo da tarde.

O dólar turismo também fechou em alta. No final do pregão, a divisa acabou negociada a R$ 5,909, alta de 0,56%.

Moeda dos EUA recuou na última sessão. O pregão que sucedeu o feriado do Dia do Trabalhador devolveu parte da alta de 0,83% do dólar registrada no fechamento do mês de abril. No acumulado da semana, a divisa caiu 0,58%.

Mercado está atento à nova taxa de juros no Brasil e nos EUA. Serão definidas na próxima quarta-feira (7) os novos patamares das taxas básicas das duas economias. Enquanto a expectativas locais apontam para uma nova elevação da Selic, o BC dos EUA deve manter os juros inalterados.

Aposta de corte da Selic em 2025 não anima. As expectativas do mercado financeiro apresentadas pelo BC indicam que a taxa básica de juros finalizará o ano em 14,75% ao ano. A nova projeção indica um arrefecimento até então inesperado da taxa Selic.

A revisão da Selic para baixo, que em outros tempos animaria o mercado de ações, perdeu efeito diante das incertezas com o petróleo e com a relação entre EUA e China.
Theo Braga, CEO da SME The New Economy

Novas ameaças sobre "tarifaço" no radar. A decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor taxas sobre filmes importados indica que o chefe da Casa Branca não abriu mão da guerra comercial. O movimento abre espaço para novas incertezas no mercado financeiro.

O mercado está operando em modo reativo: qualquer ruido da geopolítica ou das autoridades monetárias pode inverter rapidamente o rumo dos ativos.
Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos

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Já o Ibovespa recuou desde os primeiros negócios desta segunda-feira. A principal índice da Bolsa brasileira recuou 1,64%, aos 133.491,23 pontos. O volume do último pregão do mês de abril foi de R$ 17,2 bilhões.

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