Trabalho de diversidade nas empresas começa e não acaba, diz consultora
Ler resumo da notícia
Uma empresa que decide mudar os rumos da sua estrutura para criar mecanismos que ampliem a diversidade e a inclusão no seu quadro de funcionários - e na rotina da organização - deve ter consciência de que existe um pontapé inicial e um trabalho que sempre será renovado.
Convidada do "Divã de CNPJ" no Canal UOL, a fundadora da consultoria de diversidade e inclusão Pretas Pardas Potentes, Alcione Balbino, falou sobre como é dialogar com representantes das organizações sobre esse tema.
Eu já faço ele enxergar que a diversidade que ele está fazendo está só no começo, tem muito trabalho ainda pela frente. É um trabalho que não acaba, você começa, mas não acaba.Alcione Balbino
Há mais de um ano, Alcione deixou a carreira de executiva de vendas em grandes empresas multinacionais para investir seu tempo integral no negócio próprio, a Pretas Pardas Potentes.
Em um momento em que as políticas de diversidade são questionadas, a consultora explica que ainda existe pouca compreensão sobre o papel dessas ações para o resultado dos negócios."Quando eu vou a uma reunião, não consigo nem chegar nos benefícios, as empresas estão começando. São poucas que estão lá na frente fazendo muita coisa".
Nas companhias que desenvolvem algum trabalho para ter mais mulheres, negros e PCD e outros grupos entre seus funcionários, mostrar que existe mais diversidade além de uma proporcional 50/50 de homens e mulheres ainda é surpresa. "É como se eu abrisse um leque gigante para eles", conta Balbino.
O papel da empreendedora, nesse momento, é entender qual é o estágio de diversidade e inclusão que a empresa está vivendo para adequar seus serviços para aquela necessidade. Alcione oferece palestras para funcionários, treinamentos em grupo, individuais, consultoria e mentoria.
Você vai esperar a pessoa com deficiência chegar para colocar uma porta automática? Você vai esperar a pessoa trans chegar para ver como os banheiros vão funcionar? Você não vai preparar o seu time para receber essa pessoa?Alcione Balbino
Corporativo é pulo do gato para empreender, comecei nos 60%, diz consultora
O profissional que tem uma carreira estabelecida no mercado de trabalho, quando decide empreender, leva uma bagagem para o negócio próprio que pode fazer diferença no sucesso. É o que defende Alcione Balbino, fundadora da consultoria de diversidade Pretas Pardas Potentes, no "Divã de CNPJ".
Eu trabalhei 20 anos no corporativo, eu sei como trabalha uma empresa. Eu não sou uma microempreendedora que começou do zero. Eu já comecei nos 60%.Alcione Balbino
Para vender suas palestras e treinamentos sobre diversidade e inclusão, ela carrega a compreensão de como funciona o orçamento das grandes e médias empresas, de onde vem a verba para uma formação que ela tem no portfólio e coloca em prática seus anos de olho no olho como executiva de vendas.
Quando eu levo um cliente para uma reunião, ou ele não fecha porque ele não tem verba ou ele fecha. Consigo vender. Quem faz a captação e a parte comercial da minha sou eu. Eu tenho essa expertise.Alcione Albino
A consultora deixou sua carreira como líder de vendas no começo de 2024, após dois episódios de burnout e uma insatisfação enquanto buscava uma transição de carreira para trabalhar na área de inclusão e diversidade.
Longe das oportunidades que esperava, Alcione optou pelo próprio negócio, construiu um portfólio, redes sociais e investe em impulsionamento para chegar a novos clientes. Nessa nova carreira, ela acredita que é fundamental entender o que o seu negócio tem a oferecer.
O que você vai entregar para o seu cliente, quem é você? [...] O que você vai transformar, o que você vai vender, qual é o seu produto?Alcione Balbino
Divã de CNPJ no UOL:
Novos episódios do videocast sobre empreendedorismo apresentado por Facundo Guerra ficam disponíveis toda quinta no Canal UOL na TV, no YouTube e nas plataformas de áudio. Assista ao programa completo com Alcione Balbino:
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.