Dólar cai e Bolsa fecha em alta de olho no encontro entre EUA e China
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Seguindo a tendência de ontem (8), o dólar fechou hoje em queda após a decisão que elevou a taxa Selic ao maior patamar desde 2006, a formalização de um acordo tarifário entre EUA e Reino Unido e a expectativa pelo encontro entre EUA e China. A moeda norte-americana recuou 0,11%, vendida a R$ 5,655. A Bolsa brasileira, por sua vez, fechou em alta.
O que aconteceu
A cotação do dólar comercial começou a cair por volta das 9h30. Assim que o dia abriu, o dólar operou em alta, atingindo a máxima de R$ 5,688. Em seguida, começou a cair até chegar ao patamar do fechamento. Ontem, a divisa terminou o dia vendida a R$ 5,661.
O dólar turismo também fechou em queda. Desde o início do dia, a divisa americana perdeu valor, terminando o dia com desvalorização de 35%, vendida a R$ 5,871.
O movimento é atribuído em parte à expectativa dos mercados globais pelo encontro de EUA e China. No sábado, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, se reunem com o chinês He Lifeng, na Suíça.
Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, tratou do assunto. Ele disse que a tarifa de 145% sobre produtos chineses pode ser reduzida; hoje, afirmou que uma taxa de 80% "parece correta".
A expectativa é que o dólar se mantenha próximo do patamar visto na sessão de ontem. "Pode ser que tenhamos algumas variações ao longo do dia, impulsionadas por indicadores econômicos e eventos internacionais que estão por vir", disse à Reurters Marcio Riauba, head da Mesa De Operações da StoneX Banco de Câmbio.
Acordo de EUA e Reino Unido também está no radar. O presidente dos EUA oficializou o primeiro acordo comercial após o início do "tarifaço" imposto por ele no início do mês passado. A negociação, iniciada com o Reino Unido, será "o primeiro de muitos", escreveu Trump no Truth Social.
Negociação reduz os temores com as tarifas. As preocupações acabaram limitadas com o anúncio do acordo. "Quando o Trump afrouxa aqui ou ali, os mercados se animam", avaliou Alison Correia, analista da Dom Investimentos.
Alta da taxa Selic não surpreendeu. A elevação de 0,5 ponto percentual esta semana levou a taxa básica de juros brasileira a 14,75% ao ano, o maior patamar desde 2006. Com o veredito já esperado, os olhares se voltam para a ata a ser divulgada na terça-feira da próxima semana (13). O documento pode mencionar os próximos passos do Copom (Comitê de Política Monetária).
É sempre bom pontuar que a decisão foi unânime, então todo mundo votando pelo aumento, e isso é bem positivo.
Alison Correia, analista da Dom Investimentos
Bolsa
Ibovespa também fechou em alta. Após a forte alta de ontem, a tendência permaneceu positiva desde a manhã de hoje. A partir das 11h17, o movimento perdeu força, fechando o dia com ganhos de 0,21% (136.511,88 pontos).
Um dos motivos é a expectativa de que a série de aumentos da taxa de juros está perto do fim. "Houve um sinal claro, embora o Banco Central tenha deixado a porta aberta caso ocorra alguma surpresa. O mercado já começa a trabalhar com esse debate do final do processo de alta da Selic", completa Matheus Spiess, da Empiricus Research, ao Estadão Conteúdo.
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