INSS: Se necessário, haverá atendimento em agências para vítimas de fraude

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O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, disse que não descarta abrir as agências para atendimento às vítimas de fraude caso os canais digitais não sejam suficientes. O instituto começou a notificar hoje os beneficiários que já tiveram algum desconto associativo em suas aposentadorias ou pensões.
O que aconteceu
Waller disse que, atualmente, a maior parte dos atendimentos aos aposentados e pensionistas já é feita pelo aplicativo e pelo site Meu INSS. "Atendemos mais de 97 milhões de pessoas mensalmente. Essas pessoas estão distribuídas assim: 89 milhões são atendidas pelo app e pelo site do INSS, que é o canal preferido desse tipo de atendimento. Seis milhões são atendidos pelo telefone 135 e 2 milhões em agência", explicou ele em entrevista à GloboNews.
Ele disse que o INSS tem 1570 agências em pouco mais de 700 municípios. "A abertura e atendimento dessas agências não receberia as pessoas da exclusão digital, das comunidades mais distantes. Só haveria tumulto e traria para as agências pessoas que já usam outro meio [de atendimento]."
O presidente disse, no entanto, que não descarta abrir as agências para esses atendimentos caso seja necessário. "Vamos monitorar os atendimentos e, se for necessário, vamos abrir os canais presenciais", declarou.
A ideia inicial é a gente utilizar esses canais, que já são amplamente utilizados e divulgados. Se não for possível, abrimos outros canais. O INSS vai atrás daquele que não pôde, de alguma forma, ser atendido.
Gilberto Waller Júnior, presidente do INSS em entrevista à GloboNews
Descontos associativos não têm prazo de voltar, segundo Waller. "Todos esses descontos associativos foram bloqueados e não têm prazo para voltar", disse. Para ele, será necessária uma ampla discussão para se saber como serão feitos os novos descontos.
'Mais de R$ 1 bilhão já foram apreendidos para ressarcimento'
Waller disse que as notificações de hoje foram para todos os 9 milhões de beneficiários que já tiveram algum desconto associativo, devido ou indevido. Ele disse que se 100% dessas pessoas tivessem sido vítimas de fraude, o ressarcimento ficaria em R$ 5,9 bilhões. A expectativa, porém, é que esse número seja bem menor, porque os descontos associativos começaram em 1994, e as fraudes, em 2019. "Precisamos verificar quantas pessoas foram efetivamente fraudadas."
Ele disse que, até o momento, foi apreendido mais de R$ 1 bilhão em bens e valores das associações investigadas. Esse valor será usado para pagar parte das pessoas lesadas. Se for necessário, Waller disse que o INSS entrará com ações judiciais para garantir o pagamento.
Segundo o presidente do INSS, o governo entrará com a diferença apenas se essas apreensões não forem suficientes.
Ao menos 9 milhões de beneficiários do INSS tiveram dinheiro descontado por mensalidades associativas. Investigação da Polícia Federal mostrou que algumas associações estavam fazendo cobranças irregulares, sem autorização dos aposentados ou pensionistas.
INSS notificou na semana passada os beneficiários que não tiveram nenhum desconto desse tipo. Segundo o presidente do instituto, Gilberto Waller Júnior, o próprio presidente Lula (PT) confirmou para ele que recebeu essa notificação.
Havendo diferença, será discutido de onde vai sair esse dinheiro. O que precisamos assegurar é que ninguém vai sair no prejuízo.
Gilberto Waller Júnior, presidente do INSS em entrevista à GloboNews
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