Dólar sobe com mau humor sobre situação fiscal, e Ibovespa tem novo recorde

Depois de fechar a terça-feira negociado pelo menor valor em sete meses, o dólar subiu 0,83% hoje, vendido a R$ 5,679. A Bolsa de Valores brasileira avançou 0,66%, para 139.334 pontos, um novo recorde.

O que aconteceu

Dólar comercial começou o dia em alta com comentários do presidente do Banco Central americano sobre inflação. À tarde, acelerou após fala do ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, que alimentou preocupação com a situação fiscal do Brasil.

Discurso de Powell defende meta de inflação. O presidente do BC dos EUA afirmou que os choques de oferta e os aumentos de preços podem se tornar mais frequentes. "Um desafio difícil para a economia e para os bancos centrais", disse, ao destacar o compromisso com a meta de inflação de 2%. A manifestação eleva a percepção de que os juros devem persistir em um nível considerado elevado por mais tempo.

Juros dos EUA são motivo de apreensão. As expectativas sobre o possível corte da taxa pelo Banco Central dos Estados Unidos atraem os olhares do mercado financeiro. A possibilidade de redução dos juros norte-americanos é importante por ampliar a atratividade dos ativos brasileiros, que oferecem maior retorno.

Além de repercutir a posição do presidente do BC dos EUA, o dólar também intensificou a alta após as falas do ministro Fernando Haddad. Apesar de o titular da Fazenda vir a público para contornar ruídos, deixando claro que não existem planos de aumento de gastos, o mercado seguiu com temores sobre eventuais medidas de expansão fiscal do governo brasileiro.

Haddad afirmou que o governo está preparando "medidas pontuais" para assegurar o cumprimento da meta fiscal. O ministro também negou haver estudo ou pedido no governo sobre eventual aumento de valor dos benefícios do Bolsa Família, como chegou a ser ventilado.

Bolsa

Ibovespa volta a subir. Após passar por um movimento de correção da véspera, o índice apresentou variação positiva ao longo desta quinta e terminou o pregão com 139.334,38 pontos, patamar inédito.

A alta de 0,66% superou o recorde de fechamento atingido na terça-feira, quando encerrou no nível inédito dos 138.963 pontos. No mesmo dia, na máxima durante a sessão, a Bolsa bateu os 139.419 pontos.

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