Fraude no INSS: Pedidos de reembolso passam de 1,4 milhão
Ler resumo da notícia

O INSS divulgou hoje que mais de 1,4 milhão de pessoas já solicitaram o reembolso de valores descontados sem autorização de seus benefícios por entidades associativas.
O que aconteceu
De acordo com o balanço divulgado pelo INSS, houve 1.467.933 pedidos de reembolso nos primeiros quatro dias do serviço. A quantidade total de consultas foi de 1.494.956.
Apenas 27.023 pessoas informaram ter autorizado os descontos (1,8% do total). São 41 entidades contestadas, segundo o último boletim do INSS, fechado às 17h.
Apesar de 41 entidades serem citadas, apenas 12 são investigadas pela AGU (Advocacia-Geral da União). Na quarta (14), o presidente do INSS, Gilberto Waller, explicou que, assim que o instituto intima automaticamente as entidades, elas têm até 15 dias úteis para provar que o desconto foi regular ou fazer o reembolso.
De onde sairá o dinheiro?
O INSS ainda calcula o rombo e busca alternativas para o ressarcimento. O presidente do INSS lembrou que R$ 1 bilhão das associações já foram bloqueados pela Justiça e que a AGU pediu bloqueio de mais R$ 2,1 bilhões. A intenção é que "quem custeie [o ressarcimento] seja o fraudador", afirmou Waller. "Depois de verificado o valor a ser pago, vamos ver de onde e como vai sair o dinheiro. Primeiro é encontrar o valor."
Descontos de abril estão bloqueados. "Foi descontado no último mês, e será ressarcido, R$ 292 milhões na próxima folha [de pagamento], que começa a rodar no final do mês", disse o presidente. Ele explicou que os descontos do mês passado não foram repassados às entidades após bloqueio pelo INSS.
Como pedir a devolução:
- Entre no aplicativo Meu INSS;
- Informe CPF e senha cadastrada;
- Clique em "Do que você precisa?";
- Digite "consultar descontos de entidades";
- Se houver desconto, marcar se fora/m autorizados ou não;
- Informe email e telefone de contato;
- Confirme a veracidade das informações prestadas;
- Clique no botão "Enviar Declarações".
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.