Zoológico no RS é fechado após morte de cisnes e patos com gripe aviária
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O Zoológico de Sapucaia do Sul (RS) fechou as portas, por tempo indeterminado, após a confirmação de que as mortes de cisnes e patos estão relacionadas à disseminação da gripe aviária.
O que aconteceu
Zoológico de Sapucaia do Sul fechou por tempo indeterminado. A determinação foi anunciada pela Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura) do Rio Grande do Sul após a confirmação de que mortes de patos e 38 cisnes de diferentes espécies foram motivadas pela influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1).
Acesso ao local estava suspenso desde a última quarta-feira (14). A medida preventiva, devido às mortes, incluiu a análise de amostras. "Não há alteração nos trabalhos internos de atendimento aos animais", garante o Zoológico de Sapucaia do Sul em uma rede social.
Local fica a 50 km do primeiro foco da doença em granja comercial. Ainda que apareça acima do raio de 10 km determinado pelo Ministério da Agricultura ao determinar o estado de emergência sanitária, o zoológico foi interditado para visitação pelo governo do estado.
A adoção de medidas rigorosas de contenção e manejo é imprescindível para evitar a disseminação do vírus. Já os protocolos de segurança marcam um momento que exigirá atenção e cuidado para garantir o bem-estar de quem trabalha no parque.
Marjorie Kauffmann, secretária da Sema
Gripe aviária
Caso isolado da doença foi detectado em Montenegro (RS). A confirmação representa o primeiro registro da presença do vírus na avicultura comercial brasileira. O Ministério da Agricultura destaca que a influenza aviária de alta patogenicidade circula desde 2006, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa.
Estado de emergência é válido pelo prazo de 60 dias. Segundo o Ministério da Agricultura, foram adotadas medidas de bloqueio de 10 km ao redor da área onde o caso foi identificado. Para o cumprimento do protocolo, foram interrompidas as exportações oriundas do Rio Grande do Sul.
Países suspenderam a importação do frango brasileiro. A ação foi liderada pela China e pela União Europeia, os dois maiores consumidores da carne de frango do Brasil. Argentina, Uruguai, Chile e México também suspenderam as compras da proteína com origem no território nacional.
Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo. Com 35,4% da produção dedicada ao mercado externo, o volume de embarques da proteína foi de 5,3 milhões de toneladas no ano passado. A destinação para 151 países totalizou US$ 9,9 bilhões, segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
Gripe aviária não é transmitida a partir do consumo de frango. O risco de contágio é apenas relacionado ao contato com as aves. "O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas", afirma o Ministério da Agricultura.
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