Custo do IOF tem que ser repassado para o consumidor, diz Fiemg
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O custo do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que teve aumento decretado na última semana pelo governo, terá que ser repassado ao consumidor pelas empresas e isso pode gerar mais inflação, avaliou Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em entrevista ao Mercado Aberto de hoje.
[Custo do IOF] tem que ser repassado. Essa que é a realidade. Se não repassar, a empresa vai acabar quebrando. A empresa é obrigada. Todos os custos que são colocados para a empresa, ela é obrigada a colocar para os seus produtos ou serviços.
É assim que funciona. As empresas que não fazem isso, fecham. Por que, ao longo do tempo, elas vão perdendo dinheiro até não ter condições mais para sustentar as suas atividades.
Flávio Roscoe
Para ajudar a fechar as contas no ano, o governo anunciou o aumento das alíquotas do IOF. Os investimentos de pessoas físicas no exterior, que atualmente têm alíquota de 1,1%, passariam a ter 3,5%. As transferências para aplicações de fundos nacionais no exterior passariam a ter alíquota de 3,5% também, contra zero atualmente.
No entanto, após repercussão negativa entre os agentes de mercado, o governo voltou atrás pouco depois do anúncio inicial. Os investimentos de pessoas físicas no exterior continuam com alíquota de 1,1% e as transferências para aplicações de fundos nacionais no exterior seguem com zero.
Para presidente da Fiemg, o repasse do custo do IOF ao consumidor pode gerar mais inflação na economia brasileira no futuro. Ele acredita, no entanto, que ainda haverá um acordo sobre o tema.
Pode sim. Todo aumento que a gente tem visto na carga tributária, ele é repassado para os produtos e tem sido repassado para o consumidor, alimentando a inflação.
Não pegou bem para o governo e, com certeza, não pegará bem ao parlamento não tratar desse assunto. Vai haver um acordo em algum momento sobre o tema, essa é a minha opinião. Agora, é um momento muito espinhoso. O governo deveria estar cortando custo e, em vez disso, está sempre procurando novas fontes de receita.Flávio Roscoe
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