Brasil já tem cinco focos para gripe aviária; 8 casos são investigados
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O Brasil já registra cinco focos para a gripe aviária: três deles são com aves domésticas de subsistência e outros dois, com silvestres.
O que aconteceu
Novo foco foi registrado em Santo Antonio da Barra, em Goiás. Por lá, a doença atingiu galinhas domésticas, utilizadas para subsistência. Cerca de 100 galinhas morreram, conforme a Agrodefesa (Agência Goiana de Defesa Agropecuária).
Animais apresentaram sinais da doença. As aves apresentavam sinais como asas caídas, secreção nasal, dificuldade respiratória, apatia, diarreia e edema de face, segundo a Agrodefesa.
É o segundo foco em galinhas de subsistência no país. O outro ocorreu em Campinápolis, em Mato Grosso. Todas as aves existentes na propriedade foram abatidas. Porém, não foi detalhado pelo Indea-MT (Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso) o número de aves mortas.
Há outros três focos em andamento no país: em Minas Gerais, no Distrito Federal e no Rio Grande do Sul. Em Brasília (DF) e em Sapucaia do Sul (RS) os focos ocorrem em zoológicos. Já em Mateus Leme (MG) é registrado em uma propriedade particular.
Foco em SP foi encerrado. O caso positivo envolveu uma marreca-caneleira, ave silvestre localizada na região central de Diadema, município da Grande São Paulo. A confirmação para a doença foi dada pelo LFDA-SP (Laboratório Federal de Defesa Agropecuária) e divulgada anteontem. Segundo a Secretaria de Agricultura, trata-se de um caso isolado, em ave silvestre migratória, sem qualquer relação com granjas comerciais ou produção de alimentos. No sistema do Mapa, o foco já consta como encerrado.
Oito casos suspeitos estão sendo investigados no Brasil. Quatro deles são em Minas Gerais: em Sacramento, em Santo Antônio do Monte, São Joaquim de Bicas e Novo Cruzeiro. Também há investigações em curso em outros quatro estados: no Pará (em Parauapebas), no Ceará (em Cedro), no Mato Grosso do Sul (em Terenos) e no Rio Grande do Sul (em São Valentim).
Maior parte dos casos suspeitos é com aves domésticas. Das oito investigações em andamento, seis são com aves domésticas e as outras duas, com silvestres.
Notificações da gripe em aves silvestres ou domésticas não alteraram restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. Isso é já acordado com a OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), como reforçou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em 29 de maio.
47 países mantêm a suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil. Outros 17 limitam a restrição ao estado do Rio Grande do Sul e quatro adotam a restrição somente ao município de Montenegro (RS).
Embargos a todo território nacional:
- África do Sul
- Albânia
- Argentina
- Canadá
- Chile
- China
- Coreia do Sul
- Filipinas
- Índia
- Iraque
- Macedônia do Norte
- Malásia
- Marrocos
- Paquistão
- Peru
- República Dominicana
- Sri Lanka
- Timor-Leste
- União Europeia (bloco formado por Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, República Checa, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha e Suécia)
- Uruguai
Restrições limitadas ao Rio Grande do Sul
- Angola
- Arábia Saudita
- Armênia
- Bahrein
- Bielorrússia
- Bósnia e Herzegovina
- Cazaquistão
- Cuba
- Kuwait
- México
- Montenegro
- Namíbia
- Quirguistão
- Reino Unido
- Rússia
- Tajiquistão
- Turquia
- Ucrânia
Embargos somente à cidade de Montenegro (RS):
- Catar
- Emirados Árabes Unidos
- Japão
- Jordânia
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