Americanos dizem precisar de R$ 45 mil por mês para viver confortavelmente

Quase metade dos americanos diz precisar de uma renda de mais de R$ 550 mil por ano, valor equivalente a mais de R$ 45 mil por mês, para viver confortavelmente. Os números são de pesquisa do Bankrate e foram divulgados pela CNBC.

O que aconteceu

Quase metade, ou 45%, dos entrevistados disseram que precisam ganhar US$ 100 mil (R$ 550 mil na cotação atual) ou mais por ano para se sentirem financeiramente seguros. O levantamento entrevistou mais de 2.200 pessoas em maio.

Tarifas de Trump aumentaram preocupação. Os americanos alegam precisar de renda maior por conta dos preços mais altos no país provocados pelas tarifas do presidente Donald Trump.

Pouco mais de um quarto, ou 26%, disse que precisa de US$ 150 mil ou mais, enquanto 16% estabeleceram o patamar acima de US$ 200 mil. A renda média anual das famílias americanas em 2023 foi de pouco mais de US$ 80 mil, segundo estimativas recentes do US Census Bureau, divisão do Departamento de Comércio dos EUA.

A proporção de americanos que disseram não se sentir totalmente confortáveis financeiramente subiu de 75% (em 2024) para 77% (em 2025). O número era ainda menor em 2023: 72%. O recente período de alta inflação e instabilidade política "é uma fórmula perfeita para as pessoas não se sentirem financeiramente seguras", diz a planejadora financeira Carolyn McClanahan.

O que é viver confortavelmente?

Viver confortavelmente significa, no geral, "pagar contas e despesas essenciais do dia a dia e também ter dinheiro sobrando para sair para comer e fazer viagens", explica Sarah Foster, analista econômica do Bankrate.

O recente período de alta inflação e incerteza econômica, porém, tem reduzido o poder de compra da maioria dos consumidores. "Um grande problema é que os salários permaneceram estagnados para a grande maioria da população durante esse período, e os preços continuam subindo", pontua Carolyn McClanahan.

A deterioração do sonho americano, no entanto, vem se formando há décadas, segundo Sarah Foster. "Isso começa muito antes da pandemia", disse. "Há muito tempo existe a percepção de que vivíamos numa era dourada em que era possível possuir uma casa, um carro e viver com uma única renda — essa era ficou para trás", complementa.

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