China e EUA confirmam acordo para estabilizar relações comerciais

A China e os Estados Unidos confirmaram um acordo comercial entre os dois países. A informação foi divulgada ontem pelo secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e confirmada hoje por Pequim.

O que aconteceu

Os dois países fizeram concessões, segundo o governo chinês. Washington deve suspender uma série de "medidas restritivas", enquanto Pequim deve "revisar e aprovar" produtos submetidos a controles de exportação, conforme noticiou a agência AFP.

EUA colocaram como prioridade nas negociações o fornecimento de terras raras. Nelas estão metais cruciais para a produção de baterias elétricas, turbinas eólicas e sistemas de defesa. A China, que controla a maior parte da extração mundial de terras raras, começou a exigir licenças de exportação no início de abril. A medida foi interpretada como uma resposta às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Pequim confirmou hoje que um acordo foi alcançado. "Espera-se que Estados Unidos e a China alcancem um acordo", afirmou um porta-voz do Ministério do Comércio da China em um comunicado. As partes "confirmaram os detalhes da estrutura", acrescentou. Segundo o acordo, a China "revisará e aprovará os pedidos para os itens de controle de exportação que atendam aos requisitos legais", disse o porta-voz. "A parte americana cancelará, em consequência, uma série de medidas restritivas contra a China", explicou.

Acordo foi finalizado na terça-feira (24) e já foi assinado por Trump. A informação foi repassada pelo secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, em entrevista à Bloomberg TV. Ontem, reforçou que 9 de julho continua sendo o prazo final para acordos sobre tarifas recíprocas. Trump impôs uma tarifa de 10% à maioria dos aliados comerciais de Washington. Mas também anunciou tarifas mais elevadas para dezenas de economias enquanto negociava um acordo, embora tenha suspendido a decisão posteriormente.

Porém, a Casa Branca indicou ontem que poderia adiar o prazo. "Talvez possa ser prorrogado, mas esta é uma decisão que corresponde ao presidente", respondeu a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. "O presidente pode simplesmente oferecer a estes países um acordo se recusarem propor um antes do prazo final", acrescentou Leavitt.

Em abril, China e Estados Unidos anunciaram aumento das tarifas de importações, o que foi escalando até passar de 100%. Porém, em maio, as duas maiores potências econômicas do mundo concordaram, após um ciclo de negociações em Genebra, em reduzir temporariamente as tarifas elevadas aplicadas de maneira recíproca aos seus produtos.

(*) Com informações de Agência Estado e AFP

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